PSOL reconduz presidente ao cargo e aguarda 2022 para definir candidatura
O PSOL concluiu, neste domingo, o congresso nacional da legenda, e reconduziu o presidente Juliano Medeiros ao cargo de presidente por mais dois anos. O partido – que apresentou candidaturas próprias à presidente desde 2006 – também definiu que não apresentará, por ora, um pré-candidato à presidência do partido.
Juliano estará à frente da legenda no próximo ciclo eleitoral. Atualmente, o partido mantem 10 deputados federais, nenhum senador, nenhum governo estadual e cinco prefeituras – incluindo a comandada por Edmilson Rodrigues em Belém, única capital comandada pelo partido.
O partido, que conta atualmente com cerca de 221 mil filiados, também definiu neste final de semana manter uma postura mais cautelosa em relação à candidatura em 2022. Uma resolução adotada durante o congresso pediu a união das esquerdas contra uma possível candidatura de extrema-direita, no momento representada pela campanha de reeleição de Jair Bolsonaro.
“As eleições de 2022 são parte decisiva do processo de superação da extrema-direita. É preciso reunir forças sociais e políticas para, em primeiro lugar derrotar Bolsonaro, e a partir de 2023 lutar pela superação da profunda crise social, política, econômica, sanitária e ambiental que vivemos”, apontam um dos tópicos da resolução aprovada. “Não queremos simplesmente um governo de ‘salvação nacional’: queremos um governo de esquerda, comprometido com os direitos sociais, o meio ambiente, a soberania nacional, a superação dos preconceitos e da violência de Estado. Um governo à serviço da igualdade e da justiça social”.
O partido, nascido de uma dissidência de filiados do PT descontentes com a aprovação da Reforma da Previdência em 2004, tem apresentado seguidas campanhas presidenciais próprias desde então, com os casos de Heloísa Helena (2006), Plínio de Arruda Sampaio (2010), Luciana Genro (2014) e Guilherme Boulos (2018).
Até o momento, o nome do deputado Glauber Braga (RJ) aparece como um dos cotados. O anúncio, em maio, dividiu o partido.
FONTE:CONGRESSO EM FOCO (Por Guilherme Mendes)