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Pai de menino que se suicidou em Shiga pede medidas duras contra ijime nas escolas

O pai de um menino que se suicidou após ter sido vítima de bullying (虐め ijime, ou maus-tratos) por parte de colegas da escola pediu medidas mais rígidas contra a prática. Nesta segunda-feira (11) faz dez anos que o jovem estudante tirou a própria vida, publicou a NHK.

O aluno estava no ensino médio na cidade de Otsu, província de Shiga. Tanto a escola onde o rapaz estudava quanto o Conselho de Educação local inicialmente não admitiram que houvesse relação entre o suicídio e as ações dos agressores.

Após sua morte, o Japão promulgou a “Lei de Promoção de Medidas de Prevenção ao Bullying”, que determina que as escolas devem estabelecer os sistemas necessários para a detecção precoce e prevenção do bullying.

De acordo com a lei, as escolas também são obrigadas a compartilhar os resultados de suas investigações com os pais dos alunos vítimas de bullying.

Um tempo depois foi revelado que os agressores do menino, seus colegas de classe, até disseram para que se suicidasse.

Mas um fato raro aconteceu: a polícia tomou a iniciativa de lançar uma investigação sobre a escola e o Conselho de Educação.

O problema é que mesmo a lei não foi capaz de frear a repetição deste tipo de problema, já que em 2019 foi registrado um novo recorde: 600.000 casos.

O pai do menino chegou à conclusão de que as crianças ainda não estão sendo protegidas, embora o objetivo da lei seja este. Ele ressaltou que as pessoas devem reconhecer que o bullying pode chegar ao ponto de forçar as pessoas a se suicidar.

Ele falou o seguinte para a NHK: “Devemos estar cientes de que é um ato horrível, que mata as pessoas.”

O pai disse que esses 10 anos têm sido muito tensos, pois se questiona pelo fato de não ter podido evitar o pior e tenta buscar algum motivo para o menino não lhe contar o que estava acontecendo.

Para o genitor, ao menos a lei deu maior visibilidade aos casos de ijime. Mas reconhece o seguinte: “Dez anos após o incidente a lei está incompleta. No estado atual da lei, as crianças vítimas de bullying não podem ser salvas do sofrimento.”

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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