Toyota pretende recuperar em dezembro produção reduzida por falta de peças, dizem fontes
A Toyota Motor quer recuperar em dezembro a produção reduzida pela escassez de componentes, após uma recuperação nos embarques de fornecedores atingidos pela pandemia do coronavírus.
Os embarques podem ajudar a montadora a recuperar cerca de um terço da produção perdida por interrupções no fornecimento, disseram três fontes familiarizadas com os planos.
No mês passado, a Toyota cortou sua meta de produção para este ano fiscal, que termina em março de 2022, em 300.000 veículos, para 9 milhões de unidades, porque o aumento das infecções de Covid-19 desacelerou o trabalho nas fábricas de peças na Malásia e no Vietnã, agravando a escassez global de chips que a forçou a reduzir a produção, assim como outras montadoras.
A Toyota pediu aos fornecedores que compensassem a perda de produção para que pudesse montar 97.000 veículos adicionais entre dezembro e o final de março, com alguns considerando turnos adicionais de fim de semana para cumprir o pedido, disseram as fontes.
“Nada ainda foi decidido sobre os planos de produção para além de novembro”, disse um porta-voz da Toyota.
“As taxas de infecção de Covid-19 no Sudeste Asiático estão caindo drasticamente e as preocupações das pessoas sobre o risco de produção estão diminuindo”, disse Takashi Miyao, pesquisador da Carnorama, consultor da indústria automotiva. “Parece que a indústria está saindo de um túnel”, acrescentou.
A Toyota, que havia fortalecido sua cadeia de suprimentos contra interrupções após o terremoto de 2011 que devastou a costa nordeste do Japão, foi a última das principais montadoras a rever seus planos de produção devido à escassez de peças. A pandemia forçou o fechamento das fábricas de componentes e, ao mesmo tempo, aumentou a demanda por semicondutores de que as montadoras precisavam, já que as pessoas forçadas a ficar em casa compravam tablets e outros dispositivos eletrônicos.
Com poucas peças, as montadoras não conseguiram tirar proveito da recuperação da demanda por carros em mercados importantes, como a China. As vendas de veículos lá em setembro caíram um quinto em relação ao ano anterior.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE