Kishida envia oferenda ao santuário de Yasukuni e irrita China e Coreia do Sul
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, enviou uma oferenda aos mortos na guerra sepultados no polêmico Santuário Yasukuni, informou a agência de notícias Kyodo no domingo (17), levando o governo sul-coreano e chinês a expressar “decepção”.
Kishida seguiu o exemplo de líderes japoneses anteriores, que se abstiveram de visitar pessoalmente durante os festivais de primavera e outono ou no aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial para evitar irritar a China e a Coreia do Sul.
O santuário, em Tóquio, é visto por Pequim e Seul como um símbolo da agressão militar anterior do Japão, porque homenageia 14 líderes japoneses condenados como criminosos de guerra por um tribunal aliado, bem como cerca de 2,5 milhões de mortos no conflito.
Kishida, que como novo líder do Partido Liberal Democrata, assumiu o cargo de primeiro-ministro no início deste mês, convocou uma eleição nacional em 31 de outubro, e sua postura em relação aos vizinhos do Japão está sendo observada de perto.
A última vez que um primeiro-ministro japonês em exercício visitou o santuário foi em 2013. A visita do então primeiro-ministro Shinzo Abe gerou indignação na Coreia do Sul e na China e uma expressão de “decepção” dos Estados Unidos.
O predecessor imediato de Kishida, Yoshihide Suga, visitou o santuário no domingo, relatou a Kyodo, e Abe também foi pessoalmente desde que deixou o cargo.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano disse que há “profunda decepção e pesar que os líderes responsáveis do Japão tenham feito oferendas ou visitas repetidas ao Santuário Yasukuni, que glorificou as guerras passadas do Japão e consagrou criminosos de guerra”.
“O governo coreano exorta as pessoas responsáveis do Japão a enfrentar a história com a inauguração do novo gabinete e a mostrar uma reflexão humilde e genuína sobre o passado por meio da ação”, continuou o porta-voz.
O governo chinês, através da agência estatal Xinhua, pediu que o governo japonês mantenha distância do militarismo e ganhe a confiança dos países vizinhos.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE