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Ibovespa sobe 1,7% e fecha em alta pelo terceiro dia seguido; bolsas em NY recuperaram perdas

Ibovespa emplacou a terceira sessão consecutiva de alta e dessa vez contou com o apoio do exterior para fechar a sessão no terreno positivo. Lá fora, os investidores repercutiram informações positivas sobre a variante Ômicron do coronavírus, fazendo com que as Bolsas recuperassem parte das perdas da última sexta-feira. Por aqui o mercado mantém o otimismo após a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado.

“O entusiasmo com a aprovação da PEC no Senado permaneceu, pois era uma etapa vista como grande empecilho do processo. Além disso, os mercados começaram a respirar melhor depois de saber que apesar do alto contágio da variante Ômicron, não há sinais de alta letalidade ou hospitalizações”, afirma Pedro Secchin, sócio da Golden Investimentos.

Ainda faltam estudos definitivos sobre a nova variante e os riscos continuam sendo monitorados. Enquanto isso, ações ligadas à reabertura da economia subiram no exterior e no Brasil. Por aqui, as aéreas tiveram destaque, com Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) encabeçando as maiores altas do dia no Ibovespa. Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), os maiores pesos do índice, também subiram, favorecidas pela alta dos preços das commodities.

Apesar da aprovação no Senado, a PEC dos Precatórios precisa ser votada em dois turnos na Câmara, por conta das alterações no texto, antes do início do recesso parlamentar.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ficou de se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira, tentando manter o texto como aprovado no Senado, com o espaço fiscal vinculado ao Auxílio Brasil e gastos previdenciários. Lira quer fatiar a proposta para evitar a vinculação. A PEC abre espaço fiscal de R$ 16,1 bilhões, ao alterar a regra do cálculo do teto de gastos.

“O fatiamento da PEC pode azedar o humor dos investidores. Se for como está se desenhando agora, abre um espaço para uma disputa sobre esse orçamento e dúvidas sobre como ele seria distribuído. Há pouco tempo para aprovar e o risco é ser aprovado a toque de caixa sem que todas as possibilidades sejam interpretadas, com muitas pontas soltas. Se for mal feito, vai gerar um problema fiscal gigantesco”, afirma Juan Espinhel, especialista em investimentos da Ivest Consultoria.

A semana também é é de decisão no Banco Central. Amanhã, o Comitê do Política Monetária (Copom) começa a sua última reunião do ano e, na quarta-feira (8), deve anunciar novos ajustes na taxa básica de juros (Selic). A expectativa é que a autoridade monetária mantenha o ritmo de aceleração dos juros da reunião anterior e eleve a taxa a 9,25% ao ano.

No Relatório Focus desta semana, os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção da Selic em 9,25% ao final de 2021 e em 11,25% para 2022.

“Talvez a mudança mais relevante [nas projeções] tenha sido para a Selic em 2023, que foi a 8% (ante previsão de 7,75% uma semana antes), indicando que os analistas esperam uma virada nos juros, já que as projeções para o PIB de 2022 foram cortada pela metade no mês passado”, afirmam os analistas do Bradesco BBI.

Mais uma vez suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos dois períodos. De 10,15% na semana passada, agora a expectativa mediana para a inflação deste ano está em 10,18%. Para 2022 a previsão subiu de 5% para 5,02%.

O Ibovespa fechou o pregão desta segunda em alta de 1,7% aos 106.858 pontos. O volume negociado no dia ficou em R$ 27,5 bilhões. O Ibovespa futuro com vencimento em dezembro opera em alta de 1,58% aos 107.325 pontos nos últimos negócios do dia.

O dólar comercial fechou em alta de 0,18% a R$ 5,689 na compra e R$ 5,690 na venda. O dólar futuro para janeiro de 2022 sobe 0,62% a R$ 5,721.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2023 subiu dez pontos-base para 11,40%; DI para janeiro de 2025 avançou seis pontos-base a 10,95%; e o DI para janeiro de 2027 subiu cinco pontos-base a 10,99%.

Nos Estados Unidos, os destaques da semana também são os indicadores de inflação. Os mercados têm oscilado de acordo com sinalizações do Banco Central Americano (Federal Reserve) sobre retiradas de estímulos à economia. Na semana passada, discursos mais hawkish ajudaram a derrubar o mercado.

Mas hoje, com notícias positiva sobre a variante Ômicron, as Bolsas em Nova York fecharam em forte alta, recuperando as perdas da última sexta-feira. O Dow Jones fechou em alta de 1,87%; a 35.227 pontos; o S&P avançou 1,17%, a 4.591 pontos; e a Nasdaq fechou em alta de 0,93%, a 15.225 pontos.

No segmento de commodities, os preços do petróleo também avançaram com o alívio momentâneo sobre a variante do coronavírus: o Brent subiu 4,58% a US$ 73,08, enquanto o WTI teve alta de 4,87% a US$ 69,49.

FONTE : INFOMONEY (POR Mitchel Diniz)

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