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Musashino analisa direito de voto a estrangeiros residentes em referendos locais

A cidade de Musashino, no subúrbio de Tóquio, está discutindo uma proposta que pavimentaria o direito de estrangeiros residentes locais votarem em referendos da cidade.

Um projeto nesse sentido foi apresentado pela prefeita Reiko Matsushita à assembleia municipal com o objetivo de estabelecer um sistema de referendo permanente, promovido como valorizador da diversidade, publicou a NHK.

Sua proposta prevê a concessão de voto a qualquer pessoa com 18 anos de idade ou mais que esteja registrada como residente por pelo menos três meses.

Isso abrirá portas para os estrangeiros votarem em referendos locais nas mesmas condições que seus vizinhos japoneses.

O projeto abrangeria também estudantes estrangeiros e estagiários técnicos, segundo o jornal Asahi.

Musashino tem uma população de 148.000, sendo que cerca de 3.000 são estrangeiros, segundo dados de 1º de novembro.

Como era de se esperar, a proposta dividiu opiniões em um comitê da assembleia municipal na segunda-feira (13).

Para um grupo liderado pelo Partido Liberal Democrata (PLD), o projeto daria direito aos residentes estrangeiros em um sentido mais amplo, o que pode representar problemas de segurança.

Já um membro do Partido Democrático Constitucional discordou, alegando que os referendos locais são diferentes das eleições para escolha de parlamentares. Ele acrescentou que a adoção de uma política inclusiva é um movimento natural de uma cidade que respeita a diversidade.

A prefeita Matsushita defendeu o projeto, acrescentando que realizou reuniões para ouvir as opiniões dos cidadãos.

“Não há razão para fazer distinção entre residentes devido à sua cidadania em relação ao sistema de referendo local”, disse Matsushita.

A assembleia municipal de Musashino realizará uma votação final em uma sessão plenária em 21 de dezembro.

Duas cidades, nas províncias de Kanagawa e Osaka, permitem que estrangeiros residentes votem nas mesmas condições que os japoneses em referendos locais há mais de 10 anos.

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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