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Japão volta a executar presos no corredor da morte: nesta 3ª feira foram 3, segundo agência

O Japão executou três condenados nesta terça-feira (21), marcando a primeira vez que a pena de morte foi aplicada no governo do primeiro-ministro Fumio Kishida e a primeira execução no país em quase dois anos, informou a agência de notícias Kyodo.

A Kyodo identificou os três como Yasutaka Fujishiro, 65, que matou sete de seus parentes na província de Hyogo em 2004, e Tomoaki Takanezawa, 54, e Mitsunori Onogawa, 44, que foram condenados pela morte de dois funcionários em duas casas de pachinko separadas na província de Gunma em 2003.

Fujishiro foi condenado à morte em maio de 2009 pelo Tribunal Distrital de Kobe. A decisão foi finalizada em junho de 2015 depois que a Suprema Corte rejeitou um recurso.

Takanezawa e Onogawa foram condenados à morte pelo Tribunal Distrital de Saitama. A punição de Takanezawa foi finalizada em julho de 2005 depois que ele retirou seu recurso. A sentença de Onogawa foi finalizada em junho de 2009 pela Suprema Corte.

Logo após as execuções, o secretário-chefe de Gabinete, Seiji Kihara, disse a repórteres que “não é apropriado abolir (o sistema de pena de morte do país), considerando a atual situação em que crimes hediondos continuam ocorrendo”.

Kihara frisou o seguinte: “Muitos japoneses acham que a pena de morte é inevitável no caso de crimes extremamente maliciosos.”

A pena capital é aplicada com enforcamento no Japão e os prisioneiros são notificados de sua execução poucas horas antes de sua execução. É uma prática que há muito é condenada por grupos de direitos humanos devido ao estresse que exerce sobre os prisioneiros no corredor da morte, para os quais qualquer dia pode ser o último.

Em novembro, dois presidiários do corredor da morte entraram com um processo judicial contra o governo, exigindo mudança de prática e compensação pelo impacto da mesma.

Os Estados Unidos e o Japão são as únicas democracias industrializadas que ainda aplicam a pena de morte e grupos de direitos, como a Anistia Internacional, exigem mudanças há décadas.

A última execução no Japão foi em 26 de dezembro de 2019, informou a Kyodo.

Agora o número de presidiários no corredor da morte no Japão é de 107.

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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