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APÓS CRÍTICA DE VICE-PRESIDENTE, PT SE DIVIDE EM RELAÇÃO AO PAPEL ELEITORAL DE DILMA

O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá, reafirmou, nessa terça-feira (4), a crítica de que a ex-presidente Dilma Roussef não tem mais papel eleitoral para o partido. A fala foi realizada em uma entrevista ao Jornal da revista Fórum.

A crítica inicial foi feita para o jornalista Guilherme Amado (Metrópoles), no dia 29 de dezembro. Questionado sobre a ausência de Dilma no jantar em que o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se encontraram, Quaquá afirmou: “a Dilma é ex-presidente e tem o papel dela. Mas, do ponto de vista eleitoral, não”.

A fala gerou polêmica dentro do partido. A Secretaria Nacional de Mulheres do PT publicou uma nota defendendo a ex-presidente e reforçando o papel e a relevância de Dilma dentro e fora do partido. Embora não cite nomes, a nota afirma que “cabe aqui também fazer um debate sobre a régua em que se mede a relevância de um quadro político, que não é apenas o resultado eleitoral. Se assim o fosse, a ‘irrelevância eleitoral’ de Dilma, que foi eleita duas vezes presidenta, obteve 15% dos votos ao senado em Minas Gerais, seria a mesma que outros quadros petistas homens, historicamente importantes”.

Nas redes sociais, Quaquá recebeu críticas e acusações de misoginia e machismo. A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) foi ao Twitter afirmar que a ex-presidente é importante e orgulha o partido.

No começo desta semana, Quaquá publicou um artigo intitulado “Olhem para cima!”, onde afirmou ter feito apenas uma “observação política crítica” e não ter desrespeitado a ex-presidente.

“Falei em meu nome e, obviamente, não em nome do PT. E também não só não falei nenhuma mentira como não desrespeitei em nenhum momento a ex-presidenta”, escreveu o vice-presidente do partido.

No entanto, em entrevista ao Jornal da Fórum, Quaquá criticou a nota feita pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT. “O setorial de Mulheres do PT veio soltar uma nota dizendo que era misoginia. O movimento de Mulheres precisa estar nas favelas, nas comunidades, organizando as mulheres que precisam de salário, de emprego, de creche, e não entrar na luta política”, afirmou o vice-presidente petista.

FONTE: CONGRESSO EM FOCO ( POR CAIO MATOS)

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