Primeira edição da olimpíada escolar Restaura Natureza está com inscrições abertas
O ano de 2022 começou com tragédias climáticas, mas uma nova frente de ação chega para restaurar o equilíbrio do ser humano com a natureza. O WWF-Brasil e a Quero na Escola lançam nesta quarta-feira (26) a 1ª edição da Restaura Natureza – Olimpíada Brasileira de Restauração de Ecossistemas, uma competição colaborativa escolar alinhada à Década da ONU da Restauração de Ecossistemas (2021-2030).
Nesta primeira edição, a iniciativa é voltada a estudantes do 7º ao 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas. Na Restaura Natureza, são abordados nove temas atuais que se conectam ao currículo escolar e são caminhos importantes para restaurar a natureza e a conexão das pessoas com ela. “A restauração de ecossistemas terrestres, marinhos e de água doce é urgente e necessária para sairmos da atual trajetória de degradação do meio ambiente. E ampliar processos integrados de regeneração natural é uma prioridade para enfrentarmos a crise climática”, afirma Thiago Belote, líder de restauração do WWF-Brasil.
“É crucial pararmos de destruir e preservarmos o meio ambiente, mas hoje isso não basta. É preciso restaurar a natureza e a nossa relação com ela. A Restaura Natureza nasce porque reconhecemos a importância da comunidade escolar como ponto de partida para a mudança da relação da sociedade com a natureza”, diz Gabriela Yamaguchi, diretora de Engajamento do WWF-Brasil.
No desenvolvimento da Restaura Natureza foram consideradas as demandas da comunidade escolar, identificadas em um processo de escuta realizado em escolas de diversas cidades brasileiras. Nas entrevistas, os professores falaram sobre suas visões de mundo, medos, frustrações, sonhos e obstáculos no contexto da pandemia. “Nessas conversas, ficou evidente que os professores se esforçam e têm um propósito, mas sentem falta de um caminho para valorização do coletivo e das questões sociais”, afirma Cinthia Rodrigues, cofundadora da Quero na Escola, associação sem fins lucrativos voltada à educação. “A Restaura Natura foi construída de forma híbrida e lúdica, para que ocorra mesmo durante a pandemia”, completa Rodrigues.
A equipe de especialistas em restauração do WWF-Brasil e parceiros técnicos também compartilharam as necessidades e temas urgentes da temática ambiental com a Quero na Escola. “Foi uma colaboração que conseguiu identificar oportunidades de aproximar os jovens de temas muito atuais e urgentes como o estresse hídrico, a crise climática e a defesa dos direitos de comunidades tradicionais e povos indígenas”, afirma Belote.
Competição tem duas fases
A nova olimpíada tem duas fases. A primeira, que vai de 26 de janeiro a 16 de março, é totalmente online e individual, realizada pelo site restauranatureza.org.br. A primeira fase é composta de desafios online, com perguntas de múltiplas respostas que desafiam os estudantes a testarem seus conhecimentos e buscarem novos aprendizados. Os alunos acumularão pontos e, paralelamente, aprendizados e inspirações para realizar a fase final. Também é possível ganhar pontos convidando amigos para a Restaura Natureza.
A segunda fase será aberta em 21 de fevereiro, e os estudantes terão 2 meses para realizar uma ação prática a ser executada em grupo e com um professor responsável. Estas ações poderão ser de plantio, uso de tecnologia, incidência política, campanhas de engajamento ou outras formas que a criatividade dos grupos permitirem. Todos os grupos que enviarem um relato de suas ações concorrerão em duas categorias: Avaliação da Comissão Julgadora e Voto Popular, que valerão prêmios.
“Na Restaura Natureza reconhecemos a complexidade de cada território e ambiente do Brasil. Aprendemos coletivamente com vários parceiras e parceiros que precisamos agir acolhendo a diversidade e fortalecendo as soluções locais. Em cada lugar, em cada cidadã e cidadão, uma ideia pode nascer diferente. Por isso o projeto começa agora, mas espera ampliar parcerias e identificar complementariedades com outras iniciativas, organizações, coletivos e atores da sociedade”, afirma Yamaguchi.
FONTE: WWF BRASIL