OMS afirma que rede de saúde da Ucrânia foi alvo de 30 ataques
Desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, houve pelo menos 30 ataques à rede de saúde do país, matando 12 pessoas e ferindo 34, informou neste domingo (13) a OMS (Organização Mundial da Saúde), chamando essas ações de violação do direito internacional.
Nesses ataques, pelo menos 23 unidades de saúde foram afetadas, cinco veículos, como ambulâncias, nove profissionais de saúde e cinco pacientes, detalhou um novo relatório da OMS sobre o conflito.
A OMS acrescenta que 34 hospitais sofreram danos desde o início da ofensiva russa e alerta para o fato de que cerca de 316 unidades de saúde, incluindo 159 hospitais, estão perto da linha de frente ou onde o controle passou recentemente de um lado para o outro.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu recentemente que os ataques à rede de saúde constituem violações das Convenções de Genebra, que protegem a neutralidade dos profissionais do setor e da infraestrutura durante um conflito armado.
A OMS constata, por outro lado, que a guerra aumentou o risco na Ucrânia de transmissão de doenças infecciosas como Covid-19, sarampo, poliomielite ou tuberculose (esta última com alta incidência no país antes da guerra), bem como de problemas mentais e psicossociais derivados do estresse.
A organização também pede atenção especial às 80 mil mulheres que estima que darão à luz na Ucrânia nos próximos três meses.
A OMS destinou US$ 5,2 milhões (cerca de R$ 26 milhões) de seu fundo de emergência para financiar suas operações de ajuda na Ucrânia.
No entanto, calcula que vai necessitar de mais US$ 45 milhões (R$ 228 milhões) para cobrir as suas operações na Ucrânia nos próximos três meses (dos quais recebeu apenas 7%); a esse valor deverão ser adicionados outros US$ 12,5 milhões (aproximadamente R$ 63 milhões) para ajudar as populações refugiadas nos países vizinhos.
FONTE : R7 (VIA EFE)