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Premiê do Japão ordena criação de pacote de ajuda para combater aumento de preços

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ordenou nesta terça-feira (29) que seu gabinete monte um novo pacote de ajuda até o final de abril para amortecer o golpe econômico do aumento dos preços de combustíveis e matérias-primas.

O pacote provavelmente consistirá em uma extensão do subsídio à gasolina para distribuidores de petróleo, bem como outras medidas para aliviar a pressão sobre empresas e famílias atingidas pelo aumento dos custos das matérias-primas.

“Precisamos evitar que o aumento dos preços dos combustíveis, matérias-primas e alimentos cause um enorme impacto na vida das pessoas e na atividade econômica”, disse Kishida aos ministros de seu gabinete, destacando o dilema político enfrentado pelo Japão e o resto do mundo à medida que a crise na Ucrânia leva a pressões inflacionárias.

Por enquanto, o governo usará reservas especiais do orçamento fiscal de 2022 para financiar as medidas de gastos, disse Kishida.

As reservas especiais de ¥5,5 trilhões (US$ 44,41 bilhões) seriam guardadas principalmente para gastos de emergência para lidar com a pandemia de Covid-19.

Kishida está sob pressão, inclusive do parceiro de coalizão de seu partido, Komeito, para compilar um orçamento extra, em vez de depender apenas das reservas, para inflar o tamanho dos gastos para o pacote de ajuda.

“A ordem do primeiro-ministro foi encontrar maneiras de apoiar não apenas as empresas, mas também as famílias”, disse o ministro da Economia, Daishiro Yamagiwa, a repórteres.

O aumento dos preços dos combustíveis e das matérias-primas pressionaram ainda mais a economia do Japão, que ficou atrás de outros países na recuperação sustentada do impacto da pandemia. O Japão, com poucos recursos, depende de importações para suas necessidades de energia.

O novo pacote de ajuda pode chegar de ¥3 trilhões a ¥5 trilhões, já que os formuladores de políticas provavelmente argumentarão que gastos menores não teriam um impacto substancial na economia, disse Atsushi Takeda, economista-chefe do Itochu Economic Research Institute.

“As pessoas que receberam ajuda ainda têm dinheiro não gasto. As condições econômicas provavelmente melhorariam desde que o coronavírus terminasse – independentemente de haver medidas econômicas extras ou não”, disse Takeda.

A pressão política para grandes gastos fiscais deve aumentar antes de uma eleição para a Câmara Alta do Parlamento no verão, que Kishida deve vencer para solidificar seu controle do poder dentro do Partido Liberal Democrata (PLD).

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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