Com ganhos moderados, Ibovespa renova maior pontuação de fechamento em 7 meses; dólar sobe 0,62%
O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (30) em com uma leve alta, ligeiramente descolado dos índices no exterior. O otimismo visto na sessão de ontem com uma possível solução para os conflitos na Ucrânia foi questionado nos negócios de hoje. A dúvida é se Moscou vai de fato reduzir a presença militar em solo ucraniano, conforme sinalizou na última reunião entre os porta-vozes dos dois países.
A dúvida fez o preço do petróleo subir novamente, com perspectivas de estoques mais apertados, trazendo novas preocupações com a inflação global. A dependência de óleo e gás da Rússia tem deixado os países europeus e alerta e o aumento de preço já começa a ser tratado como motivo para uma recessão.
O Ibovespa fechou em alta de 0,2%, aos 120,259 pontos. O índice renovou a maior pontuação de fechamento em sete meses. O volume negociado no dia ficou em R$ 26,02 bilhões, abaixo da média.
O Banco Pan (BPAN4) encabeçou as maiores altas do índice hoje, subindo 5,68% a R$ 10,97. Na sequência, vieram Yduqs (YDUQ3) e Minerva (BEEF3) com alta de 3,45% e 2,82%. Méliuz (CASH3) foi a quarta colocada, fechando em alta de 2,65%. Com receita forte, mas Ebitda negativo no quarto trimestre, a ação da empresa de cashback teve forte volatilidade na sessão pós-resultado.
Qualicorp (QUAL3) encabeçou as maiores baixas do índice hoje, caindo 5,99%, com um balanço descrito por analistas “fraco” e “sem brilho”. Na sequência, vieram Natura (NTCO3) e Azul (AZUL4), recuando 4,56% e 4,26%, respectivamente. Juros mais altos no mercado futuro hoje impactaram os papéis das duas empresas. A Azul repercutiu ainda mais uma alta no preço do petróleo no mercado internacional.
As ações de varejistas também recuaram no exterior com a perspectiva de aumento da inflação global, impulsionada pelos preços do petróleo. O Dow Jones caiu 0,19%, aos 35.228 pontos; o S&P 500 recuou 0,63%, aos 4.602 pontos; e a Nasdaq teve queda de 1,21%, aos 14.442 pontos.
O dólar hoje reagiu, mas se mantém abaixo de R$ 4,80. Hoje, a moeda americana no comercial subiu 0,62%, a R$ 4,797 na compra e na venda. Nos juros futuros, a alta de foi de seis pontos-base no DIF23; o DIF25 registrava alta de 20 pontos-base na sessão estendida, a 11,50%; o DIF27 subia 15 pontos a 11,32%; e o DIF29 tinha alta de 13 pontos-base, a 11,49%.
FONTE: INFOMONEY ( POR Mitchel Diniz)