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Conselho de Direitos Humanos pode ajudar países a conviver melhor com ONGs

Uma parceria mais forte de defensores de direitos humanos, representantes da sociedade civil e organizações não-governamentais, ONGs, com Estados e governos em prol do desenvolvimento sustentável.

É a proposta que o novo presidente do Conselho de Direitos Humanos está apresentando aos 47 membros do órgão durante seu mandato de um ano à frente do grupo.Escritório de Direitos Humanos da ONUFoto: ONU/Jean-Marc FerréEscritório de Direitos Humanos da ONU

O exemplo da Argentina

Desde que foi eleito, em dezembro, o embaixador da Argentina junto à ONU, em Genebra, afirma que é preciso desenvolver novos padrões de combate à discriminação e promover os direitos. Para Federico Villegas, todos têm a ganhar quando existe mais cooperação dos países com a sociedade civil.

“Eu acho que nós temos que achar uma forma de conhecer as organizações da sociedade civil como sócios dos Estados para o desenvolvimento com a perspectiva dos direitos humanos. Porque o problema que temos é que há muitos países, por exemplo a Argentina, onde estamos muito, muito habituados a trabalhar com organizações. E para nós, é muito comum, ter uma organização da sociedade civil, que de manhã critica o governo, e à tarde está com o governo a ajudar a desenvolver uma política pública. Tem dois (roles) papéis. E os dois papéis são válidos.  E nós respeitamos. Mas muitos países não têm essa experiência. Só veem as ONGs como aquelas que criticam, que são financiadas por outros países etc. Mas temos que ajudar, no Conselho, a descobrir este outro papel das ONGs. Assim é como se pode mudar padrões de discriminação e outras questões.”América Latina é uma das regiões mais perigosas do mundo para defensores de direitos humanosUnsmil/Iason AthanasiadisAmérica Latina é uma das regiões mais perigosas do mundo para defensores de direitos humanos

Acordo de Escazú e Guerra na Ucrânia

Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, a América Latina é uma das regiões mais perigosas do mundo para defensores de direitos humanos. Somente na Colômbia foram pelo menos 78 assassinatos em 2021.

No ano passado, entrou em vigor o Acordo de Escazú, o primeiro tratado ambiental da América Latina e Caribe, que promove a segurança e proteção dos ativistas em seu trabalho.

O presidente do Conselho de Direitos Humanos, Federico Villegas, disse também que o mundo precisa investir ainda mais no multilateralismo nesse momento de crise e conflitos, incluindo a guerra na Ucrânia. Para ele, é hora de construir pontes e de resgatar o espírito da criação da ONU, de 1945, ao gerar união entre as nações.

FONTE: ONU NEWS
 

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