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SECRETÁRIO SE REÚNE COM MORADORES SOBRE MUDANÇA DE UBS PARA USF E USUÁRIOS APONTAM DESVANTAGENS

O secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Junior, e equipe da secretaria, se reuniram ontem (4) com a comunidade do bairro São Miguel, para informar sobre as mudanças decorrentes da transformação da UBS (Unidade Básica de Saúde) em ESF (Estratégia de Saúde da Família). Moradores ouvidos pelo Jornal da Manhã apontam piora no atendimento em decorrência da mudança.

De acordo com a reportagem, a UBS São Miguel é utilizada por 11 bairros de Marília, em uma população de 14 mil pessoas. Cerca de 25 pessoas participaram da reunião ontem no centro comunitário da Igreja Maria Mãe. Muitos ainda não têm clareza sobre como será a estrutura de atendimento com a mudança. “Se for pra melhor tudo bem, mas desde que seja benéfico para todos os moradores”, disse a manicure Elci Pereira Barbosa Braga.

Vera Lúcia Silva Oliveira é usuária da UBS São Miguel desde a inauguração da unidade e acha que deve permanecer a estrutura de atendimento oferecida. “A UBS tem pediatra, ginecologista, dentista, clínicos. Não temos condições de ir para outros bairros”, disse.

Um morador, que preferiu não se identificar, disse ao Jornal da manhã que a atual administração vem tomando várias medidas na Saúde que estão prejudicando a população e é contrário a mudança. “Desde o início dessa administração tiraram os guardas das unidades de saúde, tiraram as farmácias dos postos, não tem remédio nas farmácias e os idosos têm que se deslocar pra longe atrás de remédio.

Eles querem terceirizar tudo e as pessoas sendo atendidas longe de casa. Por que mexer nas UBSs já equipadas?”, disse.

O secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Junior, disse que a mudança faz parte do plano de governo municipal e já foram feitas reuniões com equipes de servidores, com os agentes comunitários e líderes comunitários do bairro São Miguel. O secretário afirma que o atendimento à população não será reduzido com a mudança. “O clínico generalista da ESF pode atender tanto a pediatria como a ginecologia. Os critérios técnicos para mudança foram o perfil da população, número de prontuários, idade entre outros. O que vai mudar é o modelo de atendimento”, afirmou.

Segundo o secretário, das 12 Unidades Básicas de Saúde da cidade, seis serão transformadas em ESF. “Com esse modelo de USF amplia o atendimento na unidade e acrescenta as visitas domiciliares. Marília já tem 40 unidades de saúde da família”.

O secretário da saúde nega que as mudanças tenham sido motivadas por critérios de investimentos. “O Ministério da Saúde custeia cerca de 40% do custo das ESFs, o município custeia os 60% restantes. As antigas UBSs Bandeirantes (zona oeste) e JK (norte) já foram transformadas em USF e em abril aconteceu o mesmo com a UBS Costa e Silva, na zona sul.

FONTE : MATRA (VIA JM)

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