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Parasita presente em carne crua pode ser responsável por aumento de doenças oculares

Pesquisadores da Flinders University, na Austrália, apontam que um parasita presente na carne crua pode ser o responsável pelo crescimento de casos de doenças oculares. Denominado como Toxoplasma gondii, o parasita foi descoberto há mais de 100 anos.  

De acordo com o estudo, o aumento de casos dessa doença está relacionado com o consumo de carne crua ou mal cozida do gado infectado. Os cientistas também apontam que o parasita pode estar presente em gatos.  

“Estudos em todo o mundo mostram que 30% a 50% da população global está infectada com toxoplasma, mas apesar de sabermos disso, o que não sabíamos era o quão comum era a doença ocular relacionada”, afirmou a autora do estudo, Justine Smith.  

“Embora não haja cura ou vacina, os sintomas da toxoplasmose variam dependendo da idade, saúde e genética do indivíduo infectado”, disse ela. Os principais sintomas são dor muscular, febre e dor de cabeça, que podem durar semanas. 

A pesquisadora afirma que a retina, parte do olho que gera a visão, pode se apresentar de maneira mais vulnerável para a infecção do parasita. “Muitas pessoas são assintomáticas, mas a doença mais comum que vemos na clínica é a inflamação da retina e cicatrizes conhecidas como toxoplasmose ocular”. 

Parasita presente em carne crua pode ser responsável por aumento de doenças oculares. Imagem: New Africa – Shutterstock

O estudo avaliou as retinas de mais de 5 mil pessoas e descobriu que um a cada 149 australianos é afetado pela doença. “Considerando a população substancial de gatos selvagens da Austrália que são conhecidos por estarem infectados, juntamente com altos níveis de agricultura e dietas ricas em carne, é imperativo que entendamos a prevalência da doença em todo o país”, disse Smith.  

“Precisamos que as pessoas estejam cientes de que essa doença existe, para que possam tomar decisões informadas sobre como preparar e comer sua carne”, ressalta o estudo.  “O parasita pode ser morto facilmente cozinhando a carne a uma temperatura interna de 66 graus Celsius ou congelando-a antes de cozinhar.” 

FONTE: AMBIENTE BRASIL (VIA OLHAR DIGITAL)

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