Preços ao consumidor no Japão em abril têm maior alta em mais de 7 anos
O núcleo da inflação ao consumidor no Japão em abril subiu acima da meta de 2% do banco central, atingindo uma alta de mais de sete anos, já que a elevação nos custos de energia e commodities estão causando aumentos mais amplos de preços, que acabam pressionando os gastos das famílias.
O aumento dos preços ao consumidor está tornando mais difícil para o Banco do Japão (BOJ) convencer os mercados de que manterá a política monetária ultrafrouxa e à medida que os ganhos alimentam as preocupações do público sobre o aumento do custo de vida.
O núcleo do índice nacional de preços ao consumidor (IPC), que exclui os custos voláteis de alimentos frescos, mas inclui os de energia, subiu 2,1% em abril em relação ao ano anterior, mostraram dados do governo nesta sexta-feira (20).
Isso marcou o aumento mais rápido em um único mês desde março de 2015 e correspondeu à previsão mediana em uma pesquisa da Reuters.
O ganho foi muito mais forte do que um aumento de 0,8% ano a ano em março, já que o impacto dos cortes nas tarifas de telefonia móvel de abril do ano passado, que reduziram o CPI geral desde então, começa a desaparecer das comparações anuais.
A taxa geral de aumento de preços no Japão permaneceu modesta em comparação com aumentos muito mais acentuados nos Estados Unidos e em outras economias avançadas, já que o lento crescimento dos salários na terceira maior economia do mundo torna mais difícil para as empresas aumentar os preços.
O BOJ manteve seu enorme estímulo monetário, pois busca que a inflação atinja 2% de forma estável, com base no forte crescimento salarial, mesmo com um iene mais fraco elevando os preços de alimentos e energia e outros grandes bancos centrais apertando a política.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE