Preço de mais de 10 mil alimentos subirão neste ano no Japão, mostra pesquisa
Pesquisa da Teikoku Databank Ltd indica que mais de 10.000 itens alimentícios que sofrerão aumento de preço, em média de 13%, neste ano no Japão, como consequência da elevação dos preços de matérias-primas e da rápida depreciação do iene, publicou a Kyodo News.
No levantamento da empresa de pesquisa de crédito foram consultados 105 grandes fabricantes de alimentos, que aumentaram os preços de 6.185 itens a partir de junho, com outros 4.505 previstos para julho.
Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia um número crescente de empresas japonesas se viu na necessidade de ajustar os preços de seus produtos após o aumento dos custos de itens como trigo e até do petróleo.
A Rússia, que é o maior exportador de trigo do mundo, e a Ucrânia, juntas, respondem por cerca de 30% das exportações desse grão, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
As empresas de moagem do Japão pagam pelo trigo importado um preço médio já aumentado em 17,3% desde abril, segundo o Ministério da Agricultura do Japão.
O preço de venda é calculado com base no preço médio do trigo que o governo importou nos últimos seis meses.
Somado a isso, a depreciação do iene trouxe mais problemas para as empresas, pois gera aumento dos preços de importação e eleva ainda mais os custos de produção.
As empresas japonesas tentaram conter o quanto puderam o impacto dos custos no valor para o consumidor final. Algumas reduziram o tamanho ou o conteúdo de seus produtos, mantendo o mesmo preço.
As bebidas alcoólicas e outras terão os maiores aumentos de preços, na média de 15%, também em razão da alta do trigo e das embalagens de garrafas plásticas, segundo a Teikoku Databank.
Mais de 80% desses itens terão seus preços aumentados em julho ou depois.
Os preços dos alimentos processados, que correspondem a 40% do total, vão subir em média 14%, enquanto os doces subirão em média 12%. Os temperos serão ajustados em 11% e o pão em 9%, mostrou a pesquisa.
Para Teikoku Databank, as empresas que não conseguirem absorver os custos de produção crescentes provavelmente aumentarão os preços de seus produtos mais vezes no ano, descrevendo esse ritmo como “sem precedente”.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE