Sobreviventes de bombas atômicas protestam contra regressão de movimentos antinucleares
Um grupo de sobreviventes dos bombardeios atômicos de 1945 no Japão protestou contra as atuais movimentações globais que consideram ir de encontro aos esforços de abolição de armas nucleares.
Cerca de 50 pessoas se reuniram em um encontro geral da Confederação Japonesa de Organizações de Vítimas das Bombas Atômicas e de Hidrogênio (Nihon Hidankyo, em japonês), realizado em Tóquio. A reunião com duração de dois dias foi encerrada na quinta-feira.
Os participantes adotaram uma resolução que protesta contra o atual desenrolar das circunstâncias globais, incluindo a indicação por parte da Rússia de que poderia usar armas nucleares em sua invasão da Ucrânia, e dois testes nucleares subcríticos dos Estados Unidos feitos em 2021.
Também aprovaram uma resolução especial em que pedem urgência ao governo japonês para que o país se junte a tratado da ONU de proibição de armas nucleares.
A resolução condena os atuais debates no Japão do que é chamado de “compartilhamento nuclear”. O conceito se refere ao pedido a aliados dos Estados Unidos, tais como o Japão, de que mantenham conjuntamente armamentos nucleares norte-americanos como meio de dissuasão. Os debates voltaram à tona após a Rússia ter dado início à invasão da Ucrânia em fevereiro.
FONTE: NHK PORTUGUÊS
