Uma grande afiliada Toyota falsificou dados de emissões de poluentes de alguns motores desde pelo menos 2003, mais de uma década antes do indicado antes, mostrou uma investigação encomendada pela empresa na terça-feira (2).
O comitê de investigação encarregado pela fabricante de caminhões e ônibus Hino Motors atribuiu o escândalo ao fato de engenheiros não se sentirem capazes de desafiar ordens de superiores, numa rara crítica à cultura corporativa no Japão.
O presidente da Hino, Satoshi Ogiso, pediu desculpas e disse que a administração leva suas responsabilidades a sério. Ele disse que recebeu uma mensagem do presidente da Toyota, Akio Toyoda, que disse que a má conduta na Hino traiu a confiança de todas as partes interessadas.
A montadora disse que o comitê encontrou evidências de falsificação desde pelo menos outubro de 2003, em oposição ao período divulgado anteriormente, de cerca de 2016.
O Ministério dos Transportes, que revogou a certificação da fabricante de caminhões dos motores afetados em março, disse que conduzirá uma investigação no local da empresa.
A Hino recolheu cerca de 47 mil veículos fabricados de abril de 2017 e março passado. Outros 20.900 também serão recolhidos.
O comitê não encontrou evidências de que executivos fora da unidade de powertrain estivessem cientes da má conduta. A divisão requer alta especialização, o que dificultou mudanças de pessoal e permitiu que a má conduta continuasse, disse Makoto Shimamoto, membro do comitê.
“As más condutas foram repassadas e não havia funções de monitoramento em outras unidades, o que é um grande problema”, disse ele. “Mesmo que não houvesse movimentação de pessoal dentro da organização, esses problemas deveriam ter sido encontrados.”
A Toyota detém 50,1% da Hino, cujas ações caíram quase 10% na terça-feira.
A Hino se juntou a uma série de montadoras japonesas envolvidas em testes de emissões impróprias.
Em 2018, o governo disse que Mazda, Suzuki e a Yamaha testaram incorretamente os veículos sobre economia de combustível e emissões. Subaru e Nissan estavam sob investigação pelo mesmo motivo em 2017.
FONTE ; ALTERNATIVA ON LINE