“Minha geração declarou guerra à natureza”, afirma Guterres na Mongólia
Em viagem pela Ásia nesta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, vem condenando o aumento das tensões entre nações que possuem armas nucleares. Na Mongólia, ele destacou a coragem do país em se manter uma área livre deste tipo de armamento.
UN Mongolia/Rentsendorj Bazarsuk
Em viagem pela Ásia nesta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, vem condenando o aumento das tensões entre nações que possuem armas nucleares.
Segundo o chefe da ONU, a Mongólia é como um “símbolo da paz”. Ele expressou a solidariedade das Nações Unidas aos desafios que a nação enfrenta com mudança climática, conflitos e economia global.
Mudança climática
Nesta terça-feira, Guterres participou de uma cerimônia de plantio de árvores para reconhecer a iniciativa Um Bilhão de Árvores, lançada em outubro, e que busca plantar um bilhão de mudas até 2030 como parte dos esforços do país para reduzir o impacto das mudanças climáticas e combater a crescente desertificação.
O chefe das Nações Unidas disse que o exemplo da Mongólia ao abordar a adaptação climática por meio do gerenciamento sustentável dos recursos naturais é louvável. Ele destacou que o país não possui litoral e por isso sofre com as alterações do clima.
O secretário-geral afirmou que sua geração “declarou guerra à natureza”. Para ele, a natureza está “contra-atacando” com tempestades, desertificação, inundações e desastres que dificultam a vida de muitas pessoas ao redor do mundo e causa muitas vítimas.
Missões de paz
Ainda nesta manhã, após encontro com a ministra de Relações Exteriores, Battsetseg Batmunkh, Guterres destacou que apenas com a proibição de armas atômicas será possível descartar uma guerra nuclear.
Além de elogiar a decisão mongol de se manter como zona livre de armamento nuclear, ele também parabenizou o 20º aniversário da participação da Mongólia nas operações de paz.
António Guterres agradeceu pelo serviço das forças de paz em missões e seu papel importante na agenda de paz, segurança e de participação feminina.
Ele lembrou que além de seus próprios esforços para aumentar o número de mulheres na manutenção da paz, a Mongólia sediou, em junho deste ano, uma conferência internacional sobre o assunto.
Para o líder da ONU, essa foi uma demonstração da liderança, solidariedade e compromisso da Mongólia para alcançar objetivos conjuntos de igualdade de gênero.
FONTE : ONU NEWS