Líder de grupo religioso no Japão descarta influência política em mudança de nome
A Associação da Família para a Paz Mundial e Unificação — antes Igreja da Unificação — afirma que não houve influência política ou irregularidades na aprovação da mudança de nome da organização, em 2015.
O dirigente da entidade religiosa no Japão concedeu quarta-feira, em Tóquio, entrevista coletiva à imprensa. Tanaka Tomihiro havia falado a jornalistas em 11 de julho, seguindo-se ao assassinato do ex-primeiro-ministro do Japão Abe Shinzo.
O líder religioso declarou que integrantes da organização encaram seriamente notícias da mídia segundo as quais o homem preso no local do crime pelo assassinato teria tido por motivação um ressentimento pessoal contra a antes chamada Igreja da Unificação. Tanaka desculpou-se em nome da organização pela controvérsia resultante do caso.
Observadores consideram problemática a decisão da Agência da Cultura do Japão de autorizar a organização, constantemente acusada de ser uma seita antissocial, a mudar de nome sete anos atrás. Os críticos especulam que tenha havido influência política.
O dirigente afirmou que a sua organização consultou várias vezes a Agência da Cultura a respeito da mudança de nome e que a resposta desfavorável do órgão governamental se mantinha inalterada. Explicou que a organização decidiu que acionaria a Justiça se fosse recusada a solicitação e que, então, comunicou a intenção a autoridades por meio de declaração escrita preparada por um perito jurídico.
Tanaka Tomihiro ressaltou que relações entre políticos e a sua organização e afiliados estão sendo consideradas problemáticas. Argumentou que a organização aliou-se a políticos posicionados claramente contra o comunismo para o bem do país.
FONTE: NHK PORTUGUÊS