Aoki Holdings pode ter buscado favores de comitê da Tóquio–2020 antes de formalizar consultoria
É possível que a varejista de vestuário masculino Aoki Holdings tenha passado a pedir favorecimentos de um membro do comitê organizador da Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio antes da assinatura de um contrato de consultoria, apurou a NHK.
O ex-integrante do comitê foi preso quarta-feira. Takahashi Haruyuki teria recebido um total de 51 milhões de ienes — cerca de 380 mil dólares — em propinas do ex-presidente do conselho de administração da firma Aoki Hironori e de dois outros dirigentes em conexão com contratos de patrocínio e licenciamento dos Jogos de Tóquio. Os três também foram presos.
A empresa fez pagamentos mensais em valor aproximado entre 3.700 e 7.400 dólares após a assinatura, em setembro de 2017, de um contrato com uma empresa de consultoria de Takahashi. Fontes disseram à NHK que, pelo menos vários meses antes da assinatura do contrato, a Aoki Holdings teria pedido a Takahashi que desse tratamento preferencial ao patrocínio dos Jogos.
Segundo as fontes, os executivos também teriam feito frequentes contatos com Takahashi até por volta de junho de 2021. As fontes acrescentaram que a Aoki Holdings pode ter solicitado ao membro do comitê organizador que pressionasse pela aceleração do processo de seleção de produtos para fabricação e comercialização sob licença pela empresa.
Promotores em Tóquio acreditam que a Aoki Holdings subornou contínuas vezes Takahashi a título de taxas de consultoria, em troca de favorecimentos.
FONTE : NHK PORTUGUÊS