África se mobiliza para atuar contra pólio, varíola e resposta a pandemias
Mais de 700 representantes africanos participam na 72ª sessão do Comitê Regional da Organização Mundial da Saúde, OMS, para África. Ministros, especialistas e parceiros do setor reúnem-se, até sexta-feira, em Lomé, capital do Togo, para definir políticas e avaliar as necessidades regionais.
Um dos focos no evento será o ressurgimento de casos de poliovírus selvagem em países como Moçambique e Malawi. A situação merecerá atenção em evento especial que discute a otimização de sistemas de vigilância sanitária para detectar casos precoces da doença e o reforço da cobertura de vacinação infantil.
Varíola dos macacos
A varíola dos macacos é outra questão no topo da agenda da reunião. Na mais recente atualização, a agência revelou haver cerca de 75 mil suspeitas de infecções em 92 países. De acordo com OMS, foram confirmados 35 mil pacientes e 12 mortes.
A diretora regional da OMS, Matshidiso Moeti, destacou que os atuais surtos em países ocidentais são um forte lembrete da importância de vigilância, investimento em novas ferramentas, partilha de recursos para enfrentar ameaças à saúde pública e manter sistemas resilientes do setor em economias de baixa e alta rendas, incluindo em regiões.
Os temas na mesa de debates incluem a revisão do quadro africano sobre controle, eliminação e erradicação de doenças tropicais e transmitidas por vetores na região.
Unicef/Daniel Getachaw
Sessões híbridas também debatem qualidade dos cuidados
A estratégia regional para a segurança sanitária e emergências até 2030 ressalta a realidade do “grande número de emergências de saúde, como a crescente ocorrência e gravidade de eventos relacionados ao clima, entre outros, na saúde africana ameaçando sistemas e economias. A combinação destes fatores pode levar a recuar nos ganhos obtidos em décadas para garantir a saúde e segurança na África.
Emergências
Na preparação do evento, a OMS apontou ainda a realidade da Covid-19 que agora “exige a construção de sistemas de saúde resilientes, capazes de fornecer cuidados de qualidade ao se lidar com emergências de saúde.
Para esta década, recomenda-se usar as lições aprendidas com a pandemia como impulso para reduzir os impactos emergências na saúde e setores socioeconômicos. O plano a ser discutido enfatiza a construção de melhores respostas nos sistemas de saúde e administrar emergências garantindo que continuem os serviços essenciais.
As sessões híbridas debatem outros temas, como seguro de saúde universal, vacinação, combate a epidemias, equipamento médico, qualidade dos cuidados, gestão de emergências, ou financiamento do setor.
O evento desta semana é o primeiro do gênero realizado com centenas de participantes desde o início da pandemia de Covid-19.
Unicef//Ismail Taxta
OMS apontou ainda a realidade da Covid-19 que agora exige a construção de sistemas de saúde resilientes
FONTE : ONU NEWS