GeralMundo

Levar esperança e proteger os civis deve ser prioridade da polícia da ONU, afirma conselheiro

O conselheiro de Polícia das Nações Unidas, Luís Carrilho, está deixando o cargo após quatro anos contribuindo para paz e segurança nas missões da ONU pelo mundo.

Em entrevista para a ONU News, o oficial português afirmou que a presença da organização tem sido chave em diversos países em conflito ou em processo de estabilização.

Segurança aos civis

Luís Carrilho, que comandou forças policiais em operações de paz na República Centro-Africana, no Haiti e em Timor-Leste, destacou que uma das prioridades do corpo de segurança da ONU é cuidar dos mais vulneráveis.

“Quando estamos a falar das missões de manutenção de paz, a parte operacional, ao princípio, está sempre mais presente no apoio aos deslocados internos, aos refugiados, às vítimas de crimes, aos grupos minoritários, por vezes étnicos ou os grupos minoritários religiosos. E nós trazemos essa esperança de uma maior segurança ao nível da proteção de civis que as populações que têm a necessidade do nosso apoio.”

Na última semana, o conselheiro esteve na 3ª Cúpula dos Chefes de Polícia das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova Iorque. Forças de 120 países participaram do evento que, segundo Carrilho, foi uma oportunidade para debaterem o papel da polícia e como podem ajudar na implementação da Agenda 2030.Conselheiro da Polícia da ONU, Luis Carrilho, cumprimenta uma criança durante sua patrulha a pé pelas ruas de Bangui.

ONU/Nektarios Markogiannis

Conselheiro da Polícia da ONU, Luis Carrilho, cumprimenta uma criança durante sua patrulha a pé pelas ruas de Bangui.

Paridade de Gênero

As discussões do evento se concentraram na identificação de abordagens e práticas para operacionalizar o papel da Divisão de Polícia das Nações Unidas como prestadora de serviços em todo o sistema.

Os participantes também buscaram meios para reforçar esforços e melhorar desempenho, incluindo o lançamento do Pacto Voluntário sobre o Avanço da Paridade de Gênero na Polícia das Nações Unidas, além de integrar as prioridades de policiamento das Nações Unidas nos processos, discussões e fóruns internacionais de paz e segurança. Sobre a questão de gênero, o evento premiou a policial mulher do ano. Este ano, a vencedora foi a subtenente Alizeta Kabore Kinda, de Burquina Fasso.

Ela se destacou como ponto focal de gênero na Missão das Nações Unidas no Mali, Minusma, onde apoia as forças de segurança do país, na região de Menaka, promovendo e melhorando a compreensão de gênero, proteção infantil e civil, bem como de direitos humanos.Subtenente Alizeta Kabore Kinda, de Burkina Faso, servindo na Missão de Estabilização Integrada Multidimensional da ONU no Mali, recebe Prêmio Mulher Policial do Ano das Nações Unidas de 2022

UNPOL

Subtenente Alizeta Kabore Kinda, de Burkina Faso, servindo na Missão de Estabilização Integrada Multidimensional da ONU no Mali, recebe Prêmio Mulher Policial do Ano das Nações Unidas de 2022

Segundo o conselheiro da polícia da ONU, existem mais esforços para alcançar essa paridade. Luis Carrilho afirmou que as missões já contam com mais de 50% de mulheres na liderança e no campo.

“Eu gostava de realçar que temos neste momento mais de 50% das chefes das nossas missões de polícia são mulheres. Mulheres sêniores e também ao nível de participação.”

O oficial português concluiu afirmando que o objetivo da polícia da ONU deve ser servir melhor as populações dos locais onde atuam e construir um trabalho de credibilidade para oferecer um “futuro melhor às crianças de hoje”.

FONTE: ONU NEWS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *