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Ciclo de alta da taxa de juros deixa financiamento de carro popular R$ 13 mil mais caro em um ano e meio

A decisão do BC (Banco Central) de elevar a taxa básica de juros em 11,75 pontos percentuais, de 2% para 13,75% ao ano, para conter o avanço da inflação nos últimos 18 meses encareceu as linhas de crédito e dificultou o acesso dos brasileiros a alguns bens duráveis.

No intervalo de um ano e meio, o financiamento de um automóvel popular de R$ 40 mil disparou R$ 13.107,83, de acordo com projeções apresentadas pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças).

O cálculo leva em conta uma dívida a ser paga em 60 meses. Inicialmente, com a Selic em 2% ao ano, a taxa mensal para a quitação do carro novo ficava em 1,34%, com cada pagamento no valor de R$ 974,42. Ao final do período, o valor total desembolsado era de R$ 58.465,40.

Nos dias atuais, a evolução da taxa básica de juros aumentou a taxa mensal cobrada pelo financiamento do mesmo automóvel para 2,15%. Com isso, cada uma das 60 prestações subiu R$ 218,46, para R$ 1.192,89, totalizando R$ 71.573,23.

Geladeira

As simulações também apresentam os efeitos das elevações da taxa Selic no comércio. Segundo a Anefac, o crediário de uma geladeira no valor de R$ 1.500 a ser pago em 12 meses ficou R$ 83,67 mais caro desde março de 2021.

O cálculo leva em conta a elevação da taxa mensal do crediário de 4,66% para 5,39%, o que eleva o valor das parcelas de R$ 166,01 para R$ 172,98 (+R$ 6,97). Ao finalizar o pagamento, o preço final pago pelo item da linha branca será de R$ 2.075,77, ante o desembolso de R$ 1.992,10 necessário para comprar o mesmo item quando a Selic figurava em 2% ao ano.

Crédito bancário

Para os clientes bancários, o impacto da alta de 11,75% da taxa básica de juros da economia nacional deixou o uso do rotativo do cartão e do cheque especial mais caro para os consumidores e empresas.

A simples utilização de R$ 1.000 do cheque especial pelo período de 20 dias agora resulta em uma dívida de R$ 53,80. Há um ano e meio, o pagamento adicional era de R$ 47,33, valor R$ 6,47 menor.

No caso do uso de R$ 3.000 no rotativo do cartão de crédito, a taxa mensal a ser cobrada passou de 11,2% para 14,2%, o que eleva o valor cobrado pelos juros no período em R$ 93,30, de R$ 335,70 para R$ 429.

Já para aqueles que precisam recorrer a um empréstimo bancário no valor de R$ 5.000 a ser pago em 12 meses, a trajetória de alta da Selic aumenta em R$ 356,22 o valor final necessário para a quitação das parcelas, que passaram de R$ 507,72 para R$ 537,47, totalizando R$ 6.448,90.

FONTE: R7

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