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Kat Torres chama Yasmin Brunet de  ‘feia’, ‘burra’ e ‘cara de cearense’

A coach Kat Torres, alvo das denúncias de famílias brasileiras sobre um suposto caso de tráfico humano, chamou a modelo Yasmin Brunet de “feia” e “burra” e, em seguida, fez comentários que, segundo especialistas, podem ser classificados como injúria racial. “Cara de cearense”, disparou.

As falas foram ditas durante uma transmissão ao vivo feita por meio de uma rede social, na tarde desta quinta-feira (20). “Vocês já viram a Yasmin sem plástica? Mostre essa sua cara sem tudo o que você fez nessa sua cara de cearense e nordestina”, disparou, ao dizer que a modelo é “feia”.

Em seguida, Kat questionou a inteligência de Yasmin, sugerindo que a modelo já tentou se aventurar na carreira de coach mas não teria conseguido, por ser “tão burra”. “A profissão mais fácil do mundo é ser coach, mas nem isso ela conseguiu”, esbravejou.

“Não sei de onde ela é, mas tem uma cara de cearense com aquela cabeça chata e cheia de plástica naquela cara” (sic), continuou ela com os ataques. 

A sessão de xingamentos aconteceu enquanto Kat Torres criticava Yasmin Brunet por ter perguntado à brasileira Leticia Maia, de 21 anos, se a jovem estava, de fato, sob cárcere por Kat Torres nos Estados Unidos. A pergunta foi feita em um vídeo publicado por Leticia na internet.

Kat negou as acusações. Depois que Yasmin enviou os questionamentos, Leticia começou a publicar mensagens em redes sociais nas quais acusava Yasmin de tê-la raptado e de estar envolvida em um suposto esquema de prostituição. Sobre as acusações, a modelo disse que já acionou advogados nos Estados Unidos e no Brasil.

Crimes de injúria

O advogado Marcelo Ladeia Colen, presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB/MG (Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais), avaliou as falas de Kat Torres a pedido do R7. O especialista disse que o discurso da coach pode ser configurado como crimes de injúria simples e injúria racial.

“A gente encontra no vídeo uma série de atos de injúria e ofensas. Quando a gente identifica no meio delas, uma utiliza a origem da ofendida como algo que seja depreciativo. A gente tem, em tese, a configuração da injúria racial”, avalia. “A injúria racial é a utilização de ofensas não só de raça ou etnia, mas também de preconceito em relação à origem do cidadão”, completa.

Marcelo Colen explica que a vítima precisa acionar a polícia ou o Ministério Público para que o caso seja investigado. A reportagem procurou a equipe de Yasmin Brunet para comentar o caso e aguarda retorno.

“A injúria simples pode gerar pena de um a seis meses de detenção. Já a qualificada como a racial tem pena prevista de um a três anos de prisão. Ambas também têm cobrança de multa. Além disso, cabe ação no âmbito civil para cobrança de indenização por danos morais”, comentou o especialista sobre as penas para os delitos citados.

Caso Kat Torres

A Polícia Civil de Minas Gerais e a Polícia Federal brasileira tentam contato com Kat Torres e com as brasileiras Leticia Maia e Desirrê Freitas, de 26 anos.

Amigos e parentes de Leticia e Desirrê dizem que as jovens cortaram laços com as famílias após terem se aproximado de Kat e passado a trabalhar para a coach, que também se define como bruxa.

O pai de Leticia relatou à polícia que soube de suposto envolvimento das duas brasileiras em uma rede de prostituição. Ele acredita que as jovens estejam sendo coagidas por Kat Torres a negar os crimes.

As jovens publicaram vídeos em redes sociais nos quais dizem que estão bem e que não querem contato com as famílias.

A transmissão em que Kat criticava Yasmin foi feita pelo perfil de Leticia Maia em uma rede social. A coach diz que sua conta particular foi derrubada pela plataforma.

FONTE: R7

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