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Sábado de outono na Galiléia revela histórias do tempo do Cristo e passeios ocorrem na véspera do fim do horário de verão israelense

Sábado, 29 de outubro de 2022, último dia do horário de verão em Israel, que vive o outono. Às duas horas da manhã do domingo, 30 de outubro, os relógios israelenses deverão ser regredidos em uma hora. No Brasil, quando havia horário de verão, o regresso sempre ocorria a partir da meia-noite. Quando chegava o horário de verão nas terras brasileiras o ponteiro menor regredia uma casa, ao final daquele período ensolarado, de tardes mais longas e noites mais curtas, este mesmo ponteiro avançada para sua casa original.
“É preciso voltarmos ao amor original”, declarou o CEO do Grupo Hadassa, Jean Patrick Garcia, o Garcia do Povo, ao recepcionar os peregrinos da Hadassa Viagens na barca que flutuou as águas do Mar da Galiléia, a partir do pier do kibutz de Ginosar, em Israel.
No domingo, dia 30 de outubro, já no horário normal de Israel, o Brasil vai às urnas escolher seu novo presidente da República. Já em Jerusalém as eleições vão ocorrer dentro de dois dias depois, em 1º de novembro, quando serão escolhidos novos membros do parlamento, chamado de Knesset. Ficará a cargo do novo congresso israelense definir o seu primeiro-ministro, que responde pelo poder constituicional semelhenta ao de um presidente no regime presidencialismo, como ocorre na república brasileira.
Pelas ruas de cidades que estão citadas nos evangelhos, como o de Lucas, Marcos, João e Mateus, são fáceis de topar com cartazes eleitorais. Candidatos ao posto de primeiro-ministro surgem na sua frente, fixados em grades nas calçados ou nos cruzamentos. 

Começamos o sabbath judaíco com um café da manhã no restaurante do King Solomon Hotel Tiberias com visão panorâmia ao marque que molhou os pés de Pedro, que até então era chamado e conhecido como Simão, um líder dos homens que trabalhavam nos barcos do lago de Genesaré, como é chamado no evangelho do médico Lucas. Este mesmo lago que conseguimos apreciar enquanto tomávamos nosso café – cardápio com peixes, carnes, azeitonas e até saladas comuns para um almoço – hoje não serve mais para a pesca de subsistência daqueles que vivem em suas margens. Embora ainda seja possível encontrar famílias com pais e filhos segurando seus molinetes. Mais de dois mil anos depois que Pedro, Tiago e Joao, os filhos de Zebedeu arrastaram seus barcos para a praia e os deixaram lá para seguir o Verbo, o Genesaré da Galiléia gera agora oportunidades aos seus filhos através do turismo religioso, gastronomia e lazeres náuticos. Resorts, hotéis e condomínios de veraneios dominam o cenário.

As barcas turísticas, os jetskis, canoas e embarcaçoes flutuam pelas águas, muito requisitadas na época do verão e primavera de Israel. Dias atrás, antes da chegada dos peregrinos e convidados da imersão organizada pela Hadassa Viagens, ao menos 25 mil israelenses deixaram Jerusalém e Tel Aviv, localizadas nos arredores, e se refrescaram nas históricas ondas suaves da Galiléia. Com avivamento e emoção, as barcas refazem as navegações dos primeiros apóstolos. Paramos no meio do lago que Jesus caminhou sobre as águas. As mesmas que ele acalmou ao erguer uma das mãos em meio a uma tempestade bravia. As mesmas que ele ordenou para que seus díscipluls jogassem novamente as redes.

As bandeiras do Brasil e do Estado de Israel, e a do Estado do Rio Grande do Sul, foram hasteadas e o Hino Nacional Brasileiro entoado por todos abordo. Indescrítivel a reação dos peregrinos vindos do Estado brasileiro das Missões, da querência e do tempo e o vento. Tempo e vento presentes na barca – esta não de Simão, mas de Daniel que interpretou brilhantemente louvores em um bom português.

O local do batismo, Rio Jordão

Antes de deixarmos o kibutz, em Ginosar, os peregrinos e os joranlistas molharam seus pés nas águas do lago que recebeu o nome em hebraíco por se assemelhar à harpa tocada pelo rei David. De Ginosar, a Hadassa Viagens transportou os turistas brasileiros até o lugar do batismo, nas margens do notável Rio Jordão –  Yardenit The Baptismal Site On The Jordan River. Existe uma conexão entre o Mar da Galiléia e o Rio Jordão, assim como há uma ligação das margens do batismo no Jordão com a Hadassa Viagens. A empresa sediada em Marília, distante mais de 10 mil quilômetros deste ponto histórico, está presente no mural que reconhece grandes cristãos do mundo todo que cooperam e auxiliam com a peregrinação ao local pelo seu CEO Garcia. Aliás, Garcia é um dos poucos brasileiros que estão no mural. Esta ali, dividindo o reconhecimento ao lado dos padres Antônio Maria, que celebra diariamente o terço de Aparecida – na TV Aparecida – e Fábio de Mello, que também é escritor e cantor.

Nas águas do Rio Jordão, peregrinos brasileiros renovaram sua opção pelo Verbo, repetiram os gestos de João Batista naquela tarde em que uma pomba representou o Espírito Santo no batismo recebido pelo Cristo. Algumas oliveiras localizadas às margens do Jordão proporcionaram sombras aos fiéis, que liderados po Garcia repetiram os sete mergulhos de Naamã, descrito no livro de Reis e que lhe asseguraram a cura. Após o Jordão, o grupo seguiu o caminho de volta para o Mar da Galileia, retomando a rota original do início das peregrinações do dia 29 de outubro. O sentido foi Magdala, terra da apóstola Maria Madalena, para o almoço tendo como prato principal o peixe ‘fisgado’ por apóstolo Pedro. Bem frito, a tilápia inteira vai muito bem com gotas de limão, pastas e saladas. De sobremesa, tâmaras e um café árabe de cortesia.

por Ramon Barbosa Franco

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