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Tio Marmita mata a fome de 400 pessoas carentes por dia no DF

Tio Marmita é o apelido de um homem que trabalha diariamente para levar um pouco conforto e dignidade a pessoas carentes no Distrito Federal .

A missão que o Adenilson Cruz, de 44 anos, abraçou há quase 10 anos é levar refeições para gente que vive em situação de vulnerabilidade na região. Para ele, “o propósito de doar marmitas é salvar vidas”.

Adenilson é ex-consultor. Ele diz que o trabalho é feito com muito esforço e dedicação. E conta que a recompensa que recebe é um sorriso de volta de quem é ajudado. “A forma mais honesta que eu encontrei de ajudar alguém foi por meio da comida, porque não tem desperdício”, afirmou.

‘Tio Marmita’

Há 7 anos, Adenilson trabalhava como consultor e decidiu mudar radicalmente de profissão. Ele começou a produzir e vender marmitas por conta própria.

Pelo valor de R$ 10, vendia para quem podia pagar e doava para quem não tinha condições. Na época, eram produzidas cerca de 40 refeições por dia.

Com o tempo, a produção cresceu e as doações também. Tio Marmita passou a comercializar 100 “quentinhas” na rodoviária e aumentou as doações para pessoas em situação de rua e em casas de recuperação.

Hoje, em uma casa de fundo, no Guará 1 – a 15 km de Brasília –  Adenilson produz as refeições numa cozinha industrial improvisada.

O trabalho leva tempo e começa na noite anterior da distribuição. Na manhã seguinte, a produção é retomada logo cedo, por volta das 6h. Tudo é preparado por ele com auxílio de poucos ajudantes.

Hora do almoço de verade

Para ajudar as pessoas que mais precisam, Adenilson começa a distribuição das marmitas às 13h e termina às 16h.

Ao longo dos anos de projeto, ele encontrou parceiros que o incentivaram a continuar nessa linda missão. Alguns mercados do Distrito Federal se mobilizaram para contribuir com os alimentos necessários para o preparo das refeições, e outros empresários e voluntários colaboram mensalmente com alguma quantia.

Adenilson conta que os gastos para manter o projeto social são altos e aumentaram ainda mais nos últimos dois anos.

Foi no início da pandemia que ele decidiu se dedicar apenas as doações e quadruplicou o número de marmitas distribuídas.

“Não tem como misturar filantropia com comércio e eu não queria mexer com dinheiro. Se eu for vender essas refeições, quem vai se preocupar com as pessoas que precisam de doação?”, questionou.

Segundo Adenilson, para produzir diariamente 400 refeições, são gastos mais de R$ 48 mil por mês com verduras, carnes, embalagens, produtos de limpeza, gás de cozinha e cestas básicas, além de despesas com outros itens de cozinha e com as contas. Todos os custos pagos por meio de doações.

Propósito reforçado

Foi também no início da pandemia que o Adenilson decidiu que levaria as refeições para comunidades indígenas.

Ele hoje entrega também as marmitas aos moradores da comunidade indígena da aldeia Tekohaw, tribo Guajajara.

No final do ano passado, o “Tio Marmita” deu mais um passo na realização do trabalho filantrópico e criou o Instituto Adenilson Cruz.

Apesar de o objetivo principal ser o resgate de pessoas em situação de rua, a fome e o frio representam a urgência do momento.

“Todo o esforço do Instituto está voltado para fornecer o básico para a sobrevivência dessas pessoas. Quero criar um lar igual ao que eu fui criado. Para muitos pode ser loucura, mas tem um propósito e alguém tem que cumpri-lo”, disse.

Além das doações das marmitas, o projeto doa cestas básicas, roupas, agasalhos, cobertores. O trabalho do “Tio Marmita” também ajuda a resgatar e encaminhar as pessoas com algum tipo de dependência para casas de recuperação no Entorno de Goiás, Planaltina, Sobradinho e Brazlândia.

Que lindo trabalho!

FONTE: SÓ NOTICIA BOA( VIA Gazeta Web)

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