Vereador questiona motivo de USF não sair do papel após um ano de conquista de recursos
Neste mês de novembro, completa um ano que o governo estadual liberou recursos, por meio de uma emenda da deputada estadual Analice Fernandes (PSDB), para a construção de uma Unidade de Saúde da Família nas imediações dos bairros Frei Aurélio, Monte Verde e João Zapata. A intermediação para a liberação dessa emenda se deu por parte do vereador Adhemar Marcondes de Moura Filho (MDB). Segundo ele, ao longo de todo esse período, nenhuma movimentação foi feita para se iniciar a construção desse equipamento de saúde pública.
O vereador ressaltou que apresentou diversos requerimentos ao Executivo questionando o motivo de a obra não ser iniciada e a resposta é que o projeto está em andamento.
“A população necessita dessa construção para facilitar o atendimento. São mais de 10 mil habitantes naquela região e a Unidade iria melhorar a qualidade, já que lá na Unidade ‘Dr. Palermo’ atende um grande número de pessoas dos bairros, acumulando a demanda. A atual administração não fez nada. Vai fazer um ano. Talvez a prioridade da atual administração não seja a construção do posto de saúde”, disse Marcondes de Moura.
Montante — Os recursos disponíveis para a construção da Unidade somam mais de 1 milhão de reais, sendo R$ 850 mil de uma emenda da deputada estadual Analice Fernandes, mais R$ 350 mil de uma emenda apresentada pelo deputado federal Herculano Passos (Republicanos).
O vereador avaliou que a demora para a sinalização de que a obra possa finalmente sair do papel pode ter um viés político. “A eleição já passou, então não tem mais aquela desculpa de não vamos deixar ela [a deputada Analice] capitalizar votos lá. Primeiro que ela nunca teve votos em Garça. Foi a primeira eleição que ela teve, mesmo assim ela mandou R$ 850 mil para a construção de uma Unidade Básica de Saúde. Político que é político de verdade ele faz primeiro o trabalho e mostra o resultado, para depois ele pedir o voto”, sustentou, ao longo da última sessão da Câmara Municipal.
Ainda em sua explicação pessoal no Legislativo, Adhemar Marcondes de Moura ressaltou um estudo apresentado recentemente pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que indica que há em Garça oito obras públicas paradas, sendo que, pelas contas efetuadas por ele, esse número seria ainda maior: 11 obras sem andamento.
“Será que a gente vai ter de fazer requerimento aqui pedindo todo contrato dessas empresas que foram contratadas para fazer licitações, para terminar alguma coisa, para fazer sistema de prevenção a incêndio. E não adianta falar que o site não está atualizado, pois aí vai estar atacando o TCE. E o povo está vendo que não está tendo nada”, indicou.
Ao longo de sua fala, o vereador ressaltou que a administração teve mais de cerca de seis anos para apresentar obras e avanços, mas que isso não teria sido observado. “Eu não sou político de grupo, sou político da verdade, do povo. Foi isso que meu avô fez, meu avô foi deputado, prefeito de três cidades diferentes e morreu pobre, morreu com a dignidade”, ressaltou Adhemar, ao lembrar seu avô, ex-prefeito Julinho Marcondes.
Por outro lado, indicou o vereador, uma política de grupo estaria em curso hoje em Garça, com cerca de 20 pessoas que influenciariam diretamente nos destinos administrativos locais. “Está na reta final, na última curva, prefeito.