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Filha abandonada pelo pai é reencontrada pela família após 51 anos de buscas

Que emoção! Após 51 anos de buscas, uma família finalmente conseguiu abraçar uma irmã que havia sido abandonada pelo pai no Piauí e entregue a outra família nos anos 1970. Manoel Luiz de Souza, 63 anos, procurava a irmã Antônia Nogueira de Souza e nunca desistiu de encontrá-la.

O reencontro entre Antônia e seu Manoel finalmente aconteceu nesse último domingo (13), em Mauá, na Grande São Paulo.

“Uma das maiores alegrias que já tive na vida. Foram 51 anos. Criei agora uma família que eu não sabia que tinha”, disse Manoel.

Separados ainda crianças

Antônia foi entregue a uma mulher nos anos 70. A família morava no Ceará e foi embora para o Maranhão. Um ano depois, voltaram.

“Nós paramos na cidade de Floriano, no Piauí. Lá, uma mulher pediu a minha irmã aos meus pais. E aí, o pai deu”, lembra Manoel.

A família recebeu da mulher o endereço e o telefone para manter contato, mas em um pedaço de papel. No caminho, no entanto, o papel se perdeu no meio de uma chuva e contato também. De lá para cá, foram 51 anos de saudade e de esperança.

“Eu esperava encontrar, tinha procurado na internet, mas não tinha achado”, contou o irmão.

O reencontro

Mas Manoel nunca desistiu de encontrar sua irmã. Ele pediu ajuda à imprensa e à polícia. O caso foi investigado pelo setor de desaparecidos da Polícia Civil, com base nas informações que a família tinha sobre ela.

Após meio século de buscas, Antônia Nogueira de Souza foi encontrada. Ela ainda morava no Piauí e ao ser acionada pela polícia, teve a certeza de que havia, finalmente, sido encontrada pela família.

Porém, quando foi contatada, estava em São Paulo, na casa de uma de suas filhas. Manoel viajou mais de 3 mil km para abraçá-la. Antônia criou três filhos na cidade em que vive, a mais de 200 quilômetros de onde ela foi deixada.

“Eu me lembrava do meu irmão Manoel, lembrava dos meus pais. Lembro que minha mãe disse que não me deixava, mas meu pai deixou. Lembro que com um ano disseram que vinham me buscar”, contou Antonia.

Um dos filhos de Antonia contou que a mãe passou por períodos difíceis, mas nunca perdeu a esperança de reencontrar a família.

“Era um grande sonho dela e da gente também. Depois que o pai morreu, ela ficou com depressão, e agora esse reencontro deu a ela um novo motivo pra ser feliz!”, afirmou Antônio Luiz, filho de Antonia.

FONTE: SÓ NOTICIA BOA (VIA Alagoas 24h)

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