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ONU destaca histórias de mulheres empresárias

Comemorando o empreendedorismo feminino, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, lançou a publicação “Mulheres nos negócios, construindo empresas com propósitos em meio a crises”.

O documento conta as histórias de 21 mulheres de países em desenvolvimento que enfrentaram inúmeros desafios para construir negócios de sucesso e foram treinadas por meio do principal programa de capacitação da Unctad, o Empretec.

Segundo o Unctad, o Empretec já treinou mais de meio milhão de empreendedores de países em desenvolvimento desde 1988.

Opas/Karina Zambrana

Segundo o Unctad, o Empretec já treinou mais de meio milhão de empreendedores de países em desenvolvimento desde 1988.

Treinamento no Brasil

Segundo o Unctad, o Empretec já treinou mais de meio milhão de empreendedores de países em desenvolvimento desde 1988. O programa possui atualmente 41 centros nacionais de desenvolvimento de negócios em todo o mundo, com 40 instrutores mestres internacionais e 600 instrutores locais certificados.

No Brasil, um dos primeiros facilitadores do Empretec, Mauro Pedro Lopes, destacou os resultados do programa no país e como a iniciativa impulsionou pequenos negócios.

“Entre os participantes do Empretec, 80% iniciaram novos negócios imediatamente após a aplicação do seminário. O foco é no empreendedor, porque nós acreditamos que o principal diferencial competitivo é o comportamento do empreendedor frente a situações de negócios e, assim, melhorando o comportamento em situações de do dia a dia, ele tem uma melhor condição de lidar com as mudanças que acontecem de no ambiente de negócios”

Com os novos desafios globais, ele afirma que o conteúdo do programa pode contribuir na criação de negócios e profissionais mais resilientes. Segundo Mauro Pedro Lopes, em 30 anos, o treinamento já capacitou cerca de 400 mil pessoas no Brasil.

A empreendedora Rosana Marques fez o treinamento da agência da ONU. Ela fundou uma empresa de roupas íntimas com sede na cidade brasileira de Juruaia, Minas Gerais, com a intenção de construir um negócio que atendesse a comunidade e gerasse oportunidades de trabalho.

Começando em 1994 como um negócio de duas pessoas, a empresa cresceu e transformou Juruaia na capital da lingerie, com muitas mulheres locais em sua força de trabalho.

A secretária-geral da Unctad, Rebecca Grynspan, afirmou que espera que as histórias dessas 21 “campeãs do Empretec” e a engenhosidade e resiliência que elas demonstram em meio às crises sejam uma fonte de inspiração para outras mulheres e meninas que pro…

Pnud

A secretária-geral da Unctad, Rebecca Grynspan, afirmou que espera que as histórias dessas 21 “campeãs do Empretec” e a engenhosidade e resiliência que elas demonstram em meio às crises sejam uma fonte de inspiração para outras mulheres e meninas que procuram modelos e esperança.

Estereótipos de gênero e apoio a comunidade

A secretária-geral da Unctad, Rebecca Grynspan, afirmou que espera que as histórias dessas 21 “campeãs do Empretec” e a engenhosidade e resiliência que elas demonstram em meio às crises sejam uma fonte de inspiração para outras mulheres e meninas que procuram modelos e esperança.

A publicação ainda destaca que as competências empreendedoras pessoais são fundamentais para ampliar os negócios e direcioná-los para novas direções.

Outra história marcada na publicação é da fundadora de uma empresa de construção em Moçambique, Uneiza Ali Issufo, que precisou superar estereótipos de gênero ao entrar em uma indústria dominada por homens.

As histórias ilustradas na publicação mostram que o apoio da família também é importante quando as mulheres empresárias lançam e sustentam empreendimentos.

Enquanto expandiam seus negócios, essas mulheres empresárias mantiveram suas comunidades no foco. A ugandense Joyce Kyalema construiu um negócio de abóbora que, desde o início, buscava ajudar as mulheres rurais a alimentar suas famílias e aumentar a renda.

Movidos pela responsabilidade social

Também em destaque na publicação está a bioquímica indiana Kayan Motashaw, que se aventurou no ramo agroalimentar porque se preocupa profundamente com a segurança alimentar. Sua empresa treina os agricultores para melhorar as técnicas de apicultura para que obtenham receita o ano todo.

Com empreendedorismo em seu DNA, Angelica Magdallen Rumsey, da Zâmbia, fundou a Angel Bites, que começou como um negócio de entrega de comida para viagem e depois se transformou em uma loja de vários produtos que vende produtos locais.

Tendo superado o preconceito de gênero para alcançar o sucesso, ela está determinada a transmitir seu conhecimento para ajudar a desenvolver mulheres empreendedoras mais jovens.

Fatou Gaye, que criou a Gaye Njorro Skills Academy na Gâmbia, também está apoiando mulheres empresárias mais jovens. “Se uma mulher é apoiada, uma nação é construída. Porque uma mulher apoiará outra e quem quer que ela encontre”, disse Gaye.

O mundo precisa de mais mulheres empreendedoras

Apesar de algum progresso, o poder das mulheres nos negócios continua limitado.

Mahmoud Hossam

Apesar de algum progresso, o poder das mulheres nos negócios continua limitado.

As estimativas anteriores da Unctad mostraram que, entre 2010 e 2019, 68% das empresas em todo o mundo não eram propriedade de mulheres, enquanto apenas 16% eram de propriedade de mulheres.

As estimativas mostram que essa sub-representação pode prejudicar o crescimento econômico e o emprego decente e que a renda perdida devido à inatividade das mulheres nos negócios pode chegar a 30% do PIB em países com grandes disparidades de gênero.

FONTE: ONU NEWS

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