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Reunião dá início a projeto-piloto em saneamento rural de Tupã

Representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Fundação Vanzolini estiveram na sede da Secretaria Municipal de Agricultura nesta quinta-feira (8) para dar início ao plano de trabalho do projeto-piloto em saneamento básico da área rural de Tupã. Junto dos membros titulares do Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA) e Comitê Executivo (CO), os representantes definiram as etapas de execução do programa. 

O município foi um dos quatro escolhidos para integrar o estudo de orientações para investimentos em saneamento rural, desenvolvido pela Funasa, que servirá de exemplo para todo o Brasil. O programa busca viabilizar as metas de saneamento previstas no Marco Legal do Saneamento (Lei Federal 14.026/2020): 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgotos até dezembro de 2033. 

De acordo com o secretário municipal de Agricultura, Anderson Luiz, a potência agrícola e o agronegócio foram os principais fatores para que Tupã fosse selecionado entre os 645 municípios paulistas. As cidades de Capão Bonito, Mogi das Cruzes e São Vicente também farão parte da iniciativa.

“Tupã é um pioneiro na exportação do amendoim, mas o município também é o quarto em potência de seringueira no Estado de São Paulo, tem uma expansão territorial muito grande de cana-de-açúcar e mandioca, além do agronegócio voltado para a agricultura, seja ela pecuária de corte ou também o gado de leite”, destacou o secretário.

A Funasa, em parceria com a Fundação Vanzolini, desenvolverá estudos para a elaboração do plano de saneamento rural do município. Para isso, os técnicos e engenheiros das duas fundações iniciarão pesquisas para diagnosticar a situação de cada comunidade rural de Tupã. O objetivo é elaborar uma estratégia de solução dos problemas de saneamento, e definir quais os investimentos e as soluções tecnológicas que deverão ser utilizadas.

O prefeito Caio Aoqui afirma que o projeto custaria, em média, cerca de R$ 2,5 milhões. No entanto, Tupã terá todo o estudo desenvolvido de forma gratuita pelos melhores profissionais da área, o que facilitará a administração em conseguir angariar recursos para colocar em prática todo o plano desenvolvido.

“O que muita gente fala é que o que falta em São Paulo e Brasília não é dinheiro, mas bons projetos para que o Governo possa fazer o investimento e a gente consiga melhorar nossa qualidade de vida. Tupã vai ter um projeto desenvolvido pelos melhores engenheiros e técnicos do país, e que se tivéssemos que pagar, não seria algo fácil”, revelou o prefeito. 

Biodigestor tornará Tupã referência na destinação do lixo

Além de ser exemplo para todo o Brasil com um projeto-piloto em saneamento rural, Tupã também será referência na destinação correta do lixo. O município será contemplado com um biodigestor que, com tecnologia de pirólise, utiliza o lixo para gerar gás, energia e óleos. O equipamento ficará por 30 dias no município e a iniciativa servirá de modelo para as outras cidades do país. 

O vereador e 1º secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal, Pastor Eliézer de Carvalho, desde 2018 trabalha com pautas voltadas ao meio ambiente e a agricultura. Para o parlamentar, é um momento histórico para Tupã, que receberá o biodigestor desenvolvido com tecnologia israelense.

“Graças a Deus estamos tendo essa esperança para daqui alguns anos mudarmos todo o nosso sistema de lixo, do recolhimento ao destino final, para que possamos gerar energia. Sabemos que o lixo também rende muito dinheiro se dermos o destino certo de uma forma tecnológica”, destacou o vereador.

Além de Tupã, as cidades de Capão Bonito, Mogi das Cruzes e São Vicente também receberão o biodigestor. De acordo com o prefeito Caio Aoqui, os municípios servirão de modelo para o Brasil e contribuirão com a Funasa, que irá atestar que a máquina pode servir ao país.

“Muita gente fala que o lixo pode ser uma fonte de recursos e poderemos transformá-lo em energia, não mandar para o aterro e nem pagar para enterrar, pelo contrário, dar o melhor destino. Se a gente fosse comprar, seria R$18 milhões uma máquina dessas, e Tupã vai ser modelo também”, disse Aoqui.

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