Casal de empresários investe em Okinawa e trilha o caminho do sucesso
Com clima semelhante e uma forte ligação com o Brasil, não poderia faltar um restaurante com comidos típicas do país tropical
O sobá okinawano é uma referência da culinária regional, mas para os brasileiros que visitam a ilha, maioria das vezes dá uma saudade do gostinho da comida brasileira e do ambiente brasileiro. Vontade de comer aquele arroz com feijão, o bife acebolado ou um bife parmegiana? Não dá para negar, só de falar dá aquela água na boca.
Então, imagina agora você na praia com águas cristalinas, aquele calor que remete ao Brasil e um restaurante para saborear tudo isso e muito mais. Assim é o “Gostoso” Brazilian Restaurante em Okinawa.
O nome é sugestivo ao local, que pertence ao casal Eiki Yamashiro e Patricia Higa Yamashiro, que investiram em Okinawa não apenas como empreendimento, mas como forma de gratidão. Segundo Eiki, tudo foi acontecendo naturalmente com as oportunidades que a ilha oferece.
“Sou filho único e uchinanchu (descendente de Okinawa), quis trazer do Brasil o butsudan (oratório) do meu pai. Esse foi o principal motivo para chegar até Okinawa, mas as coisas foram acontecendo naturalmente. O restaurante foi decidido por questão familiar pra ajudar algumas pessoas da família”, explica Eiki.
Personalidades – O restaurante foi inaugurado em fevereiro deste ano. Desde então, já recebeu inúmeros brasileiros e personalidades importantes como os chefes de cozinha Paulo Coelho Machado e Lucas Caslu. Recentemente, foi o local do encontro de brasileiros que visitaram Okinawa durante o Festival Uchinanchu, realizado em novembro.
A visão empresarial de Eiki e Patricia ampliaram os empreendimentos em Okinawa, que contam também com seis apartamentos mobiliados para locação, uma locadora de veículos e a empresa de Denkiya (eletricista), que também atende em Tsurumi (em Yokohama).
De acordo com o empresário, as oportunidades de negócios foram surgindo e, consequentemente, despertou a vontade de poder viver na região de seus antepassados.
“Rent a car foi mas para uso pessoal, mas muitas pessoas começaram a me procurar, fiquei feliz com isso. Então decidi investir nesse setor. Joje, quem toma conta é meu filho”, diz.
Com simplicidade, o casal conta que os empreendimentos são frutos de muito trabalho e jamais pensaram em enriquecimento, mas sim em gratidão.
“Não foi nada pra enriquecer porque pra mim rico já nasce rico.Foi tudo para poder agradecer e recuperar tudo o que meus antepassados perderam naquela época, quando eu era criança. Esse foi motivo de eu vir ao Japão como dekassegui em 1991, aos 14 anos e sozinho para ajudar minha família. Graças a Deus, hoje me sinto muito agradecido”, finalizou.
(Silvio Mori, especial para o Nippon Já)