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Japão planeja aumentar auxílio infantil para que casais tenham mais filhos

Masanobu Ogura, ministro responsável por criar medidas para aumentar a taxa de natalidade do Japão, disse nesta sexta-feira (6) que o primeiro-ministro Fumio Kishida ordenou a formulação de vários projetos, entre eles aumentar o auxílio infantil, informou a emissora NHK.

O auxílio infantil (jidou teate / 児童手当) beneficia famílias com ajuda mensal de ¥10 mil a ¥15 mil por filho desde o nascimento até o fim do ensino ginasial (chuugakkou), desde que a renda familiar não ultrapasse o limite estipulado que varia de acordo com o número de filhos.

O governo pretende compilar um projeto até março deste ano, com a participação de ministérios e agências relevantes, especialistas, pessoas que estão criando filhos e jovens. Ainda não ficou claro de quanto será o aumento do benefício.

Em uma coletiva de imprensa na quarta-feira, Kishida disse que está assumindo o desafio de lidar com o declínio da natalidade em um nível diferente. Ele anunciou que dobrará o orçamento relacionado a crianças no futuro, com a tarefa é garantir um cronograma e recursos financeiros.

No mesmo dia, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, disse que pretende dar ¥5.000 por mês a todas as famílias com filhos de 0 a 18 anos que moram na capital japonesa, sem estabelecer limites de renda, a fim de reforçar as medidas contra o declínio da taxa de natalidade. Essa ajuda de ¥5.000 seria por filho, ou seja, um casal com três crianças, por exemplo, poderia receber ¥15.000, além do auxílio infantil.

O governo já anunciou que o auxílio-maternidade (shussan ichijikin / 出産一時金), também conhecido como “ajuda do parto”, aumentará de ¥420 mil para ¥500 mil em todo o Japão a partir de abril deste ano.

O número de bebês nascidos no Japão em 2022 deve ter um recorde de queda pelo sétimo ano consecutivo, ficando abaixo de 800 mil pela primeira vez desde que o governo começou a compilar estatísticas sobre nascimentos em 1899.

A prolongada pandemia do coronavírus continua a fazer com que as mulheres adiem os planos de engravidar devido a razões econômicas e problemas de saúde. O número total de nascimentos de janeiro a outubro caiu 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 669.871, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde.

A menos que as tendências mudem este ano, o total anual de nascimentos na terceira maior economia do mundo não deve passar de 770 mil, em comparação com os 811.604 do ano passado.

A queda representa muitos riscos para o Japão, um país cuja sociedade envelhece rapidamente e depende dos jovens para custear a aposentadoria dos idosos, sem contar que pode haver ainda mais falta de mão de obra nas próximas gerações.

O Japão teve um pico de 2,09 milhões de nascimentos em 1973, mas desde então houve uma tendência de queda, ficando abaixo de 1 milhão em 2016.

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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