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Polícia procura grupo de estrangeiros que deu golpes de pelo menos ¥90 milhões

Até domingo (15), foi descoberto que ocorreram várias transações fraudulentas por parte de um grupo de estrangeiros que fraudavam itens como pneus em postos de gasolina usando cartões de débito, que permitem pagamentos instantâneos de contas bancárias. 

O Sankei Shimbun fez uma reportagem com entrevistados, os quais relataram que os prejuízos chegam a pelo menos 90 milhões de ienes. Mas, há um temor de que esses danos aumentem ainda mais, pois essa quadrilha abusa de um procedimento especial chamado de “autorização de 1 iene”, que faz checking de cartões de crédito e de débito, usado pela bandeira Visa.  

Os cartões utilizados pelo grupo de estrangeiros foram emitidos por um banco do Sri Lanka. Há muitos pontos obscuros nas transações e é possível que pessoas dentro do banco tenham sido cúmplices dessas fraudes.

Do ponto de vista das medidas de combate à lavagem de dinheiro, é necessário esclarecer o estado real das transações fraudulentas por parte das autoridades como a polícia.

De acordo com a empresa operadora de postos de gasolina na província de Ibaraki, a qual sofreu danos, um grupo de cerca de 8 estrangeiros visitou repetidamente os postos desde a primavera de 2020, alternando os membros. Esses estrangeiros faziam compras repetidas de pneus com esses cartões de débito. Seis meses depois, um banco no Sri Lanka exigiu repentinamente o reembolso de dezenas de milhões de ienes do lado japonês, por isso o problema foi descoberto. Também foi confirmado que os pneus vendidos no posto foram revendidos.

Polícia à procura desse grupo de fraudadores estrangeiros

Polícia da Província de Ibaraki está ciente de alguns dos danos e abriu uma investigação. Um grande atacadista de petróleo também pede cautela às lojas associadas, dizendo que problemas semelhantes ocorreram em postos de gasolina afiliados e há o temor de que os prejuízos se espalhem para outras regiões.

Nos postos de gasolina a soma a ser paga é determinada de acordo com a quantidade de combustível abastecido, portanto, para pagar com cartão um valor abaixo de um determinado valor é realizado o procedimento da “autorização de 1 ienes” para confirmar a validade do cartão. Depois o 1 iene é subtraído do valor a ser pago.

No entanto, as principais bandeiras internacionais de cartões, como Visa, não aceitam a “autorizações de 1 iene” ao vender mercadorias como pneus nos postos de gasolina e permitem solicitações de reembolso por bancos e outros provedores de pagamento.

Acredita-se que o grupo de estrangeiros tenha abusado dessas regras, procurando lojas que introduziram o sistema de “autorização de 1 iene” para vendas em lojas e conduzindo repetidamente transações fraudulentas mostrando que se pode efetuar uma transação de pagamento internacional de forma correta.  

Existe a possibilidade de que os danos causados ​​por esse tipo de transação fraudulenta aproveitando desse procedimento possam ter se espalhado para outros tipos de estabelecimentos comerciais, inclusive fora da província de Ibaraki.  

A corda arrebenta para o lado mais fraco: postos de gasolina

“Este cartão só pode ser usado para pagamentos de menos de 10 mil ienes. Eu gostaria de pagar em várias parcelas”, teria dito um membro desse grupo em janeiro de 2020, para comprar os pneus. Assim, foi feita a transação com o cartão de débito internacional. 

Depois disso, o grupo de estrangeiros continuou visitando a loja. Com o aumento da quantidade de compras, a gerência do posto confirmou se houve algum problema com a Marubeni Energy, que disponibiliza o sistema de pagamento, por precaução. A empresa disse: “Se o sistema funcionar, tudo bem”, e como o dinheiro foi devidamente depositado no posto de gasolina em questão, continuou vendendo. 

No entanto, meio ano depois, a situação mudou completamente. A Mitsubishi UFJ Nicos, que é uma instituição financeira que atua como intermediária nas transações internacionais, recebeu fatura pelo banco de Sri Lanka, argumentando que houve violação nas regras internacionais da bandeira Visa no procedimento de “autorização de 1 iene”. A Nicos teve que atender ao pedido de reembolso, resultando na transferência de uma grande quantia para o banco de Sri Lanka.  

Em resposta a uma entrevista solicitada pelo Sankei Shimbun, a Nicos insistiu que “nossa empresa não tem culpa”, enquanto a Marubeni Ene se recusou a responder, alegando “questões relacionadas a transações individuais”. Agora está pedindo aos postos de gasolina que arquem com os prejuízos, embora a responsabilidade seja ambígua.  

FONTE : PORTAL MIE

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