Escritório da ONU defende indenização às vítimas de ataques de 2019 no Sri Lanka
As Nações Unidas recomendaram ao governo do Sri Lanka a divulgação dos inquéritos sobre ataques a bomba, ocorridos em 2019, e que mataram mais de 270 pessoas no país.
Em comunicado, divulgado nessa quarta-feira, o Escritório de Direitos Humanos afirmou ainda que o governo deve indenizar todas as famílias das vítimas dos atentados praticados contra igrejas e hotéis no Domingo de Páscoa no país asiático.
WFP/Josh Estey
O comentário foi feito após a decisão da Suprema Corte do Sri Lanka de condenar funcionários do Estado incluindo um ex-presidente a compensar as famílias das vítimas estabelecendo a verdade para assegurar a justiça.
Falha dos serviços de inteligência e segurança
O comentário foi feito após a decisão da Suprema Corte do Sri Lanka de condenar funcionários do Estado incluindo um ex-presidente a compensar as famílias das vítimas estabelecendo a verdade para assegurar a justiça.
O tribunal cingalês considerou que o ex-presidente do país, Maithripala Sirisena, o ex-secretário da Defesa e dois oficiais de inteligência e segurança violaram os direitos fundamentais ao não prevenir os ataques.
A Corte expressou choque e tristeza pela falta de ação e supervisão das forças de segurança e inteligência. Para o tribunal, os líderes do Sri Lanka falharam porque já havia indícios de que os ataques aconteceriam.
Eles foram obrigados a pagar, de seus próprios bolsos, quase US$ 850 mil aos parentes dos que morreram e aos sobreviventes do ataque.
ONU/Daniel Johnson
Para o Escritório de Direitos Humanos da ONU embora nenhuma compensação possa acabar com o sofrimento das vítimas e dos parentes, a decisão é um passo adiante na busca das famílias por reconhecimento da grande perda sofrida e do direito de cada uma delas por justiça e verdade.
Sofrimento das vítimas
Numa sentença anterior, a Corte Suprema já havia decidido que o processo contra o atual presidente, que na época dos ataques era o primeiro-ministro do Sri Lanka, não poderia continuar por causa do foro privilegiado que ele tem na atual função.
Para o Escritório de Direitos Humanos da ONU embora nenhuma compensação possa acabar com o sofrimento das vítimas e dos parentes, a decisão é um passo adiante na busca das famílias por reconhecimento da grande perda sofrida e do direito de cada uma delas por justiça e verdade.
Para a ONU, deve haver uma consulta a cada família sobre a liberação dos fundos de compensação.
FONTE: ONU NEWS