EcologiaVariedades

Desmatamento da Amazônia bate recorde em fevereiro

Mesmo antes do fim do mês, alertas de desmatamento superaram recorde do ano anterior. Especialista diz que dados podem refletir detecção limitada em janeiro devido à cobertura de nuvens.

Segundo os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), até o dia 17 de fevereiro foram desmatados 209 km² de floresta. Essa já é a maior marca registrada desde o início da série histórica, em 2015, e corresponde a mais de 29 mil campos de futebol.

O recorde anterior para o mês havia sido registrado no ano passado, quando 198,6 km² foram desmatados em fevereiro. Neste ano, o estado do Mato Grosso concentrou a maior área desmatada, 129, 4 km², seguido de Pará (33,9 km²) e Amazonas (23,1 km²).

O recorde atual vem após uma queda registrada em janeiro. No mês anterior, o Deter apontou um desmatamento de 167 km² – 61% a menos do que o registrado no mesmo período do ano passado. Na época, especialistas afirmaram que os números deveriam ser vistos com cautela, pois houve um alto índice de cobertura de nuvens, que dificulta o monitoramento por satélites.

Reflexo do mês anterior

“O aumento do desmatamento pode ser um reflexo da detecção limitada no mês passado devido à cobertura de nuvens, e o que está sendo observado agora pode refletir tanto a área destruída neste mês como também em janeiro”, afirmou Daniel Silva, especialista em conservação da ONG WWF-Brasil.

Esses foram os primeiros dados sobre desmatamentos divulgados no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu combater a devastação na região e fez da proteção da floresta uma de suas principais bandeiras.

“Sabemos que há um esforço do novo governo para controlar o desmatamento, mas os resultados concretos devem demorar para serem observados”, avaliou o especialista da WWF-Brasil.

Sob o governo de Jair Bolsonaro, o desmatamento médio anual da Amazônia aumentou 75,5% em relação à década anterior. Especialistas apontam que a devastação se deve principalmente ao avanço de fazendas e grileiros que cortam a floresta para a criação de gado e agricultura.

FONTE: AMBIENTE BRASIL (VIA Deutsche Welle)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *