Ah… o amor! Professora britânica larga tudo para viver com nativo da Amazônia de 19
O amor é realmente sem fronteiras. O exemplo real é a história desta professora britânica de ioga, de 33 anos, e um nativo da Amazônia, de 19. Ela largou tudo na Europa para viver a paixão e diz que é feliz, sem arrependimentos nem incômodos.
Tudo começou quando Caroline Knight foi chamada a dar aulas de ioga e aplicar massagens terapêuticas na América do Sul. Ela jamais imaginaria que de repente iria surgir uma paixão intensa pelo agricultor, plantador de cacau, o peruano Rómulo Elier Huaman Roque.
O amor dos dois floresceu durante a pandemia da Covid-19, em 2021. “Eu me sinto segura e amada com o Rómulo. Há 14 anos [de diferença] entre nós, mas não penso duas vezes. Os caras de 19 anos [em outros locais] são basicamente crianças, mas os homens crescem rápido na Amazônia.”
O amor
A professora britânica disse que se adaptou rápido à rotina de viver sem água corrente e tem que lavar a roupa no rio local. Também não a incomoda a vida na selva, dos insetos e do trabalho árduo.
“O ano de 2020 foi o mais imprevisível já registrado e nunca imaginei que começaria 2021 vivendo nas profundezas da floresta amazônica”, recordou a professora, quando viajou para passar apenas 10 dias ensinando ioga no retiro Hoja Nueva, perto de Puerto Maldonado.
“Eu estava me sentindo realmente com jet lag quando cheguei, mas o lugar tinha uma energia incrível e em pouco tempo eu estava pensando em estender minha estadia para poder conhecer mais o Peru”, contou.
Segundo a britânica, logo colocou os olhos em Rómulo. “Reparei no Rómulo, ele trabalhava como faz-tudo e cuidava dos animais. À noite saíamos todos juntos em grupo e o Rómulo estava sempre na ponta da conversa. Era tímido e sempre que eu o cumprimentava, seus olhos se voltavam para o chão.”
Coragem
Aos poucos, os dois se aproximaram. “Mas nas raras ocasiões em que chamei Rómulo a sós para conversar, ele me pareceu muito legal e genuíno. Os sentimentos que eu tinha por ele eram mais intuitivos do que óbvios.”
Logo, em seguida, veio a ordem de suspender as atividades por causa do coronavírus e, obediente, Caroline teve de retornar à cidade a Puerto, a 112 km de onde Rómulo vivia.
“Ele nem tinha telefone e eu não tinha ideia se teria notícias dele novamente”, disse ela, mas dez dias depois, recebeu uma mensagem via Facebook, era Rómulo.
Na mensagem, o jovem disse que queria vê-la. “Ele pegou um telefone emprestado”, contou a britânica. “Conversamos por muito tempo e então ele disse ‘tenho algo para te dizer: acho que te amo’”, relembrou ela. “Acho que também te amo”, reagiu.
Assim, os dois não tardaram a se encontrar e procurar um lugar para construir um lar. “Foi uma semana incrível e apaixonante. Passávamos os dias na piscina e as noites fazendo caminhadas ou cozinhando um para o outro”, disse.
Noite de Núpcias
Sem dar detalhes, a apaixonada resumiu a Noite de Núpcias. “Foi a primeira vez que dormimos juntos e tudo o que posso dizer é que nos divertimos muito.”
Rómulo contou a Caroline como seu falecido pai, Rómulo Huáman Gamboa, havia plantado cacaueiros nas terras da família no meio da floresta amazônica. Mas a plantação foi praticamente engolida pela selva após sua morte em março de 2017.
As nozes de cacau são a matéria-prima para fazer chocolate- e Caroline acreditava que poderia encontrar um mercado para os produtos orgânicos em casa, no Reino Unido.
Desta forma, os dois começaram um negócio juntos. “Tivemos nossos primeiros pedidos, principalmente através de nossa conta no Instagram – Jungle Cacao Peru – e por contatos em casa”, disse.
FONTE: SÓ NOTICIA BOA