Partido de Kishida vence em 4 de 5 distritos em eleição suplementar para o Parlamento
O Partido Liberal Democrático do Japão (PLD), do primeiro-ministro Fumio Kishida, garantiu quatro das cinco cadeiras da Dieta (Parlamento) em eleição parcial realizada no domingo (23), publicou a mídia local.
O PLD ganhou nos distritos de Yamaguchi (nº 2 e 4) e de Chiba (nº 5) na Câmara dos Representantes, além do da província de Oita. O candidato do partido foi derrotado no distrito de Wakayama (nº 1) por um candidato da oposição.
Uma semana antes da eleição Kishida havia sofrido um ataque com um artefato explosivo durante campanha em Wakayama. Consta que ele pode convocar uma eleição antecipada logo após a cúpula do Grupo dos Sete em seu distrito eleitoral de Hiroshima no mês que vem.
O PLD esperava manter três assentos nas primeiras eleições parlamentares desde julho do ano passado, com os índices de aprovação de seu gabinete aumentando devido a suas conquistas diplomáticas, como uma visita surpresa à Ucrânia em 21 de março.
Após a vitória do PLD em quatro distritos, o secretário-geral do partido, Toshimitsu Motegi, disse a repórteres: “Recebemos uma avaliação positiva do público.”
O distrito de Yamaguchi nº 4 era controlado pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, que foi assassinado durante um discurso de campanha eleitoral para a câmara alta em 8 de julho de 2022.
O partido de Kishida apoiou Shinji Yoshida, um ex-deputado local, enquanto o oposicionista Partido Democrático Constitucional do Japão foi representado por Yoshifu Arita, um ex-membro da câmara alta.
Já o distrito número 2 de Yamaguchi era ocupado pelo ex-ministro da Defesa Nobuo Kishi, irmão mais novo de Abe. Mas ele precisou se aposentar por motivos de saúde no início de fevereiro, e seu filho mais velho, Nobuchiyo Kishi, concorreu no lugar de seu pai.
O distrito nº 1 de Wakayama estava em disputa depois que um legislador do oposicionista Partido Democrático para o Povo renunciou para se tornar o governador da província.
Pelo PLD concorreu o ex-membro da câmara alta Hirofumi Kado, derrotado por Yumi Hayashi, que serviu como membro da assembleia local.
Hayashi foi apoiado pelo Partido da Inovação do Japão, que tem uma forte presença na região de Kansai, incluindo Wakayama. Esse partido quer ampliar sua base além da região oeste do Japão e de Osaka. A sigla mais que dobrou seus assentos nas eleições locais no início de abril para 124.
O chefe do Partido da Inovação do Japão, Nobuyuki Baba, disse no domingo: “Provamos que até mesmo uma formiga pode machucar um elefante se trabalharmos juntos em unidade e solidariedade”.
No pleito distrital de Chiba (nº 5) a votação foi feita depois que um legislador do PLD renunciou em dezembro diante de alegações de subnotificação de fundos políticos.
O PLD concorreu com Eri Arfiya, ex-funcionário das Nações Unidas de ascendência uigure, enquanto os partidos da oposição não conseguiram chegar a um nome de consenso.
Em Oita, a cadeira da câmara alta ficou vaga depois que um legislador independente, que teve o apoio do Partido Democrático Constitucional do Japão e outras forças de oposição, optou por concorrer ao governo da província.
Endossado pelo PLD, a empresária Aki Shirasaka, derrotou Tadatomo Yoshida, ex-parlamentar do Partido Democrático Constitucional do Japão.
Em Chiba a participação dos eleitores foi a mais baixa, com 38,25%, enquanto em Wakayama foi de 44,11%.
Nos distritos nº 2 e 4 de Yamaguchi foi de 42,41% e 34,71%, respectivamente, e em Oita chegou a 42,48%, disseram os conselhos eleitorais.
A expectativa em relação ao pleito era saber se os eleitores iriam apoiar as medidas do governo para reduzir os efeitos dos aumentos dos preços e seus planos de aumentar gastos com defesa e para conter a queda populacional, os quais geraram rumores de aumento de impostos.
As últimas pesquisas foram realizadas no mesmo dia do segundo turno das eleições locais realizadas em todo o país para selecionar prefeitos e membros da assembleia. O PLD venceu as principais disputas para governador na primeira rodada das eleições locais unificadas quadrienais em 9 de abril.
Pela Constituição, o primeiro-ministro tem a palavra final sobre a dissolução da Câmara dos Deputados em uma eleição antecipada. Os atuais mandatos de quatro anos para os membros da câmara baixa expiram em outubro de 2025, a menos que Kishida dissolva a câmara.
Kishida, que assumiu o cargo em outubro de 2021, tem explorado o melhor momento para vencer uma eleição geral, pois quer ser reeleito como líder do partido, disseram especialistas. A próxima corrida presidencial do PLD está programada para setembro de 2024.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE