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Cícero do Ceasa, primeiro vigia a se tornar vice-prefeito, diz já estar preparado para assumir cargo maior em 2024

O líder comunitário que se tornou o político mariliense na ativa com maior vínculo com a comunidade mais carente da cidade, que foi vigia do Ceasa, tem carreira meteórica na política e agora chega às portas do maior cargo de Marília: o de prefeito na próxima Eleição

O vice-prefeito de Marília, Cícero Carlos da Silva, 62 anos, o Cícero do Ceasa, como ficou conhecido ainda quando trabalhava como vigia do entreposto estadual de hortifrutis, na Zona Norte, fez questão de deixar claro ao Jornal Cidade que é sim um dos pré-candidatos à Prefeito nas Eleições de 2024.

Em conversa exclusiva à coluna Entrevista da Semana do JC, o político mais humilde, popular e representante das classes pobres da cidade destaca ainda que além de ser o candidato mais natural ao cargo, por já exercer a função de vice, vem fazendo sua tarefa diária na função, que transformou em um portal de atendimento direto ao público do Poder Executivo, atendendo em média de 30 a 50 pessoas por dia, atrás de orientação, requerimento, entre outras demandas relacionadas à Prefeitura de Marília.

JC – O senhor tem interesse em se candidatar nas próximas eleições, dando continuidade à sua representatividade dos eleitores e para qual cargo político?

Cícero do Ceasa – Com certeza irei dar continuidade ao meu trabalho de representar a população, que começou há pouco tempo, cerca de 11 anos, em 2012, quando fui convidado a concorrer a um cargo de vereador, por causa do meu trabalho voluntário na comunidade da Zona Norte e minha postura de liderança, já de representação voluntária da população tanto em minha área de atuação profissional, como na comunidade religiosa que participo.

JC – Para qual cargo o senhor pretende buscar conseguir do partido a sua candidatura?

CC- Naturalmente que para prefeito, pois ao assumir participar como vice desta atual gestão, assumi com meu eleitorado, com a população de Marília, um desafio maior do que o da Legislatura, da Câmara, no cargo de vereador, assumi o compromisso e o desafio de ir em busca de maior representatividade, de maior capacidade de ajudar a população, que é possível dentro do Executivo, da Prefeitura. Me candidatar ao cargo de vereador de novo seria como regredir, como voltar para trás, como não avançar no propósito que assumi ao me tornar vice-prefeito. Por isso só vejo um caminho para continuar representando os eleitores que votaram e confiam em mim, que é tentar ser o prefeito de Marília em 2024.

JC – O cargo de vice-prefeito não tem muita visibilidade política, por ser uma posição de reserva (do prefeito) e de apoio à gestão dele. O senhor acredita que tem condições ou chances após quatro anos ausente do palanque e visibilidade que a Câmara oferece?

CC – Com toda certeza não acredito que tenha perdido visibilidade ou expressão junto à comunidade, à população e principalmente aos meus eleitores. Diferente de outros vice-prefeitos, que não tem por ofício obrigação alguma de trabalhar, pois estão na condição de suplência, de reserva apenas quando o prefeito se ausenta ou sai, eu me prontifiquei a estruturar o gabinete do vice-prefeito como mais um órgão de atendimento à população, sem poder de realizar nada, pois este é o do prefeito, mas com a prerrogativa, a autorização prévia e legal, por estar dentro do governo e ter o cargo de vice, de todos da Prefeitura serem obrigados a me ouvir, a me receber, a me atender na medida do possível, mas criando assim um canal facilitador para o prefeito. Importante ressaltar que minha função é de governo, para o governo e em defesa do governo de Daniel Alonso. Faço parte do grupo, estou 100% alinhado e fiz questão de acordar cedo e trabalhar todos os dias desde o início para contribuir com esta gestão. Mas que fica claro para explicar que ao atender até 50 pessoas por dia, por telefone, por whatsapp, pessoalmente, fazendo visitas, representando o prefeito em eventos, me tornei um facilitador, um ajudante próximo, capaz de acompanhar tudo o que acontece, de conhecer por dentro como cada secretaria funciona, como cada serviço é feito, para então contribuir e ajudar. É sobre isso quando digo que estou mais que preparado para assumir um cargo maior no Poder Administrativo, na Prefeitura. Não agora, que sou vice, mas em 2024, após o término da gestão de Daniel.

Creio que devo isso à população e à minha proposta como representante de Marília. Caberá à cidade dizer se irá me querer ou não.

JC – Sua história de vida humilde, difícil, mas vencedora, é a semelhante de muitas. Como foi seu ingresso na carreira política?

CC – Eu fiquei muito conhecido há uns quinze anos por causa de um projeto social que abracei, de forma voluntária, que existe até hoje, que é a horta comunitária do Santa Antonieta. Como vigia do Ceasa, um dia uma senhora da comunidade, cansada de ver a população jogar lixo em parte do terreno do entreposto, sugeriu que se criasse uma horta, para ajudar a comunidade e ainda por fim ao mal comportamento. Eu abracei a ideia, consegui a autorização e a comunidade toda ajudou e hoje é um importante apoio social.

Mas minha atuação na comunidade sempre existiu, sempre foi presente, e esta visibilidade fez com que o PT me convidasse para sair candidato a vereador, e levar essa atuação para a Câmara. Me candidatei, sem grandes expectativas, mas já fui eleito, para exercer o cargo de 2013 a 2016. Consegui me reeleger, de 2017 a 2020, e então fui convidado para ser o vice de Daniel Alonso.

JC – Até seu ingresso na política mariliense, o senhor sempre teve uma vida simples, como a da maioria da população.Sua vida mudou após estes 11 anos de vida pública?

CC – Sou de origem muito humilde e continuo humilde, morando na mesma casa e no mesmo lugar de sempre. Sou nascido em Dracena em 6 de junho de 1962. Vim com meu pai, Luiz José da Silva, e minhas quatro irmãs para Marília em 1979, quando tinha 16 anos, vindo de Dracena. Minha mãe, Francisca Ribeiro da Silva, ficou lá. Desde então sempre trabalhei para ajudar no sustento. Trabalhei no Grande Hotel de Marília e já em 1981 comecei a trabalhar na construção do CEAGESP de Marília e depois fui efetivado como vigia até me aposentar, recentemente. Conclui o ensino médio com muita dificuldade e cheguei a fazer o curso de Administração, mas não conclui, por dificuldade financeira, mas ainda sonho em concluir. Consegui mais recentemente realizar um curso de gestão pública.

Eu me casei em Marília com a Vera Aparecida da Cruz Silva, com quem tive três filhos – Daniele Cristina da Silva, Carlos Henrique da Silva e Vinicius Henrique da Silva – e já tenho quatro netos: Lucas, Davi, Mariana e Mirela. Sou católico, fui coordenador da Paróquia Santa Antonieta, participei do ECC (Encontro de Casais com Cristo) 1ª, 2ª e 3ª etapa, Ministro de Eucaristia, Terço dos Homens e participo de várias atividades sociais da Paróquia Santa Antonieta. Cheguei também a ser sindicalista, representando os funcionários das centrais de abastecimentos do estado de São Paulo.

FONTE: JC MARÍLIA

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