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Brasil precisa de metas ambiciosas para frear perda da biodiversidade

Nesta segunda-feira (22), Dia da Biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA) deu o primeiro passo em direção ao cumprimento do Acordo Kunming-Montreal, firmado no ano passado no Canadá, que compromete o mundo a deter e reverter a perda de biodiversidade até 2030. No evento de hoje, a ministra Marina Silva anunciou a abertura da consulta pública para atualização da Estratégia e do Plano de Ação Nacional para a Biodiversidade (EPANB), abrindo espaço para que a sociedade civil aponte as prioridades para a implementação do acordo no contexto brasileiro.

O Acordo Kunming-Montreal é, para a biodiversidade, o equivalente ao Acordo de Paris para as questões climáticas. O texto prevê a conservação de pelo menos 30% de terras, águas doces e oceanos a nível mundial, respeitando os direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, e reconhecendo as contribuições desses territórios para a obtenção da meta.

Para que ele seja cumprido, os 196 países signatários precisam agora estabelecer suas próprias metas e criar seus planos de ação. E o Brasil, como berço da maior biodiversidade do planeta, tem papel importante para frear e reverter a crise da natureza

O WWF-Brasil celebra a abertura da consulta publicada para a atualização do EPANB como um marco democrático e sinal de compromisso do governo com o meio ambiente. O Brasil tem agora a oportunidade de, ao final desse processo, apresentar ao mundo metas ambiciosas e factíveis, mostrando que é possível conservar a natureza, proteger povos indígenas e comunidades tradicionais e garantir desenvolvimento econômico.

FONTE: WWF BRASIL

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