Japão tem recorde de casos de fraudes e prejuízos passam de ¥37 bi
Estatísticas divulgadas pela Agência Nacional de Polícia (ANP) indicam um aumento pela primeira vez em oito anos de casos de “fraude especializada” e de prejuízos causados às vítimas. O aumento foi de ¥ 8,9 bilhões, ou 31,5%, totalizando ¥ 37,1 bilhões em perdas. O número de casos de fraude aumentou em 3.072, ou 21,2%, para o total de 17.570, publicou a Kyodo News.
A polícia disse que investigou 6.640 casos de fraude em 2022, 40 mais do que no ano anterior, envolvendo 2.458 fraudadores, ou 84 a mais que no ano anterior.
Entre os fraudadores, 473 tinham menos de 20 anos. Esses jovens criminosos, em alguns casos, foram recrutados através de sites para os chamados “empregos obscuros de meio período” (yami baito).
A polícia chama de “fraude especializada” o crime nos qual os fraudadores ganham a confiança de uma vítima por telefone ou algum outro meio, sem qualquer interação pessoal, convencendo-a a transferir dinheiro para uma conta bancária especificada.
Por províncias, a maior parte dos casos se concentrou em Tóquio (3.218 casos – queda de 101), Kanagawa (2.090 – aumento de 629), Osaka (2.064 casos – um aumento de 526), Chiba (1.457 – aumento de 354), Saitama (1.387 – aumento de 305), Hyogo (1.074) e Aichi (980). Essas sete províncias representaram cerca de 70% de todos os casos no Japão.
Para se ter uma ideia, o valor diário de fraude especializada foi de ¥ 101,6 milhões, um aumento ano a ano de ¥ 24,3 milhões, enquanto o valor por caso aumentou de ¥ 166.000 para ¥ 2,2 milhões.
Entre os tipos, a “fraude de reembolso”, tentativa de fraudar as pessoas alegando que serão reembolsadas por contas médicas ou prêmios de seguro, foi a mais comum, com 4.679 casos.
Foram registrados ainda 4.287 casos de “ore ore sagi” em que os criminosos se passaram por familiares, além de 3.074 ocorrências nas quais os fraudadores obtiveram o cartão bancário da vítima – em geral, idosos – e o substituíram por um falso.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE
