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Empresas japonesas incentivam homens a tirar licença parental

Cada vez mais empresas incentivam os funcionários a tirar licença parental para ajudar suas esposas a continuar trabalhando após o parto. Na visão do governo, o apoio dos homens às mulheres ajudará no crescimento geral das próprias empresas, publicou o Yomiuri. 

O governo considera a licença parental fundamental para conter a baixa taxa de natalidade no país. O desafio é evitar que os homens tirem essas licenças apenas no papel, sem efetivamente ajudar nas tarefas domésticas e na criação dos filhos, e expandir a iniciativa para pequenas e médias empresas que sofrem com a escassez de mão de obra.

Desde abril de 2022 o governo pediu para as empresas perguntarem aos funcionários se queriam tirar licença parental, quando soubessem que logo serão pais.

Em outubro do ano passado um programa de licença parental foi estabelecido para permitir que os funcionários do sexo masculino tirem até quatro semanas de licença ao menos oito semanas após o nascimento de um filho.

Em abril deste ano as empresas com 1.000 funcionários ou mais são obrigadas a divulgar o percentual de funcionários do sexo masculino elegíveis para licença parental.

Entre as 4.400 empresas que se encaixam nessa categoria, 755 anunciaram seus números até 2 de junho, informou o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.

Mas as próprias empresas também estão promovendo a prática. É o caso da Mitsui Sumitomo Insurance Co., que começou a fornecer em abril um pagamento fixo de até ¥ 100.000 para funcionários cujos colegas tiram licença parental.

É uma medida rara nas grandes empresas, mas o programa visa manter o equilíbrio no ambiente de trabalho enquanto um colega tira a licença. 

Pesquisa do Ministério em 2021 mostrou que 85% das mães tiraram licença parental, mas apenas 14% dos pais buscaram esse direito.

Porém, metade dos pais tirou menos de duas semanas de licença, com 25% ficando fora do trabalho por menos de cinco dias e 27% ficando fora por cinco dias a menos de duas semanas.

Já a pesquisa da Persona Career Co. feita em 2021 mostrou que 85% dos homens de 20 a 24 anos e 80% daqueles entre 25 a 39 anos queriam tirar licença parental quando se tornassem pais.

O problema é que 44,5% dos pais em licença parental gastaram três horas ou menos por dia em tarefas domésticas e na criação dos filhos, como mostrou a pesquisa da Connehito Inc., feita em agosto do ano passado. 

Para Shingou Ikeda, pesquisador sênior do Japan Institute for Labor Policy and Training, é importante dar aos funcionários a oportunidade de pensar sobre o significado dessa licença antes de tirá-la.

Até 2025 o governo quer que o percentual de trabalhadores que tiram essa licença chegue a 50%. Até 2030 quer atingir a meta de 85%. 

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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