Falências no Japão são as mais altas em 5 anos após a pandemia
O número de falências registradas no primeiro semestre deste ano aumentou 32,1% em relação ao ano passado, com um total de 4.042 empresas quebrando após assumirem dívidas crescentes para se manterem durante a pandemia de coronavírus, publicaram a Kyodo News e NHK. O dado é o mais alto em cinco anos.
O levantamento feito pela empresa Tokyo Shoko Research Ltd. apontou que cada uma das empresas tinha dívidas de pelo menos 10 milhões de ienes, ou cerca de 70.000 dólares.
A pesquisa constatou também que o aumento dos custos de material e mão de obra afetou os negócios.
Do total, 322 empresas que faliram haviam buscado ajuda no programa emergencial do governo, quase o dobro em relação ao ano anterior. Já as insolvências resultantes do aumento dos preços aumentaram 3,3 vezes, para 300, segundo a Tokyo Shoko Research.
O passivo total deixado por empresas falidas caiu 45,3%, para 934 bilhões de ienes, nos seis meses após o aumento no ano passado devido a uma dívida extraordinariamente grande mantida pela Marelli Holdings Co., uma fabricante de autopeças. A Marelli Holdings entrou com ação de proteção em um tribunal em junho do ano passado, com dívidas totalizando 1,13 trilhão de ienes.
Todas as 10 categorias da indústria cobertas pela pesquisa tiveram um aumento pela primeira vez em 25 anos, disse a Tokyo Shoko Research.
O setor que mais sofreu baixas, porém, foi o de serviços, com 1.351 casos, um aumento de 36,1%, com muitos restaurantes fechando depois que o governo encerrou sua ajuda financeira relacionada à pandemia.
O setor de construção civil ficou em segundo lugar com 785 casos, um aumento de 36,3%, graças ao aumento dos custos dos materiais.
A empresa de pesquisa estima que as falências podem aumentar a partir deste mês de julho, já que algumas empresas enfrentam a ameaça tripla de reembolso de empréstimos, aumento de preços e escassez de mão de obra.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE