GARÇA: Agosto Verde Claro: conscientização e combate ao linfoma
Tipo de câncer pode ocorrer em todas as faixas etárias, mas predomina em pessoas acima de 50 anos
Instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), agosto é o mês de sensibilização e o combate ao linfoma. O objetivo do Agosto Verde Claro é alertar sobre os cânceres de células do sistema imunológico (linfomas) e sobre a importância do diagnóstico precoce.
Os linfomas são um grupo cancerígeno de células do sistema linfático, o órgão de defesa do corpo, que afeta os linfócitos (glóbulos brancos), células responsáveis pela proteção do organismo contra infecções e doenças. Os homens têm maior propensão para desenvolver essa patologia, em relação à faixa etária é mais comum entre adolescentes e adultos jovens – 15 a 29 anos –, adultos – 30 a 39 anos – e idosos – 75 anos ou mais.
São mais de 60 tipos de linfomas com sintomas e tratamentos diferenciados, sendo que são subdivididos em Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma não-Hodgkin (LNH). Os pacientes imunossuprimidos, ou seja, os transplantados de órgãos sólidos ou portadores do vírus HIV; e pessoas com familiares que tiveram a doença são mais suscetíveis a desenvolver a doença e têm risco aumentado.
Depende do tipo de linfoma, o paciente pode ter sintomas silenciosos. Geralmente os casos que são mais agressivos provocam sintomas precoces, como febre, suor noturno, perda de peso sem causa aparente, extremo cansaço, entre outros. Além do mais, pode ocorrer o aparecimento de caroço no pescoço, nas axilas ou na virilha, pois esse tipo de câncer normalmente se desenvolve nos linfonodos – chamados de ínguas –, os quais se localizam nessas regiões. Os linfomas indolentes são os que têm lenta progressão, ou seja, são menos agressivos, normalmente os sintomas são silenciosos e aparecem quando a patologia já está em estágio avançado.
O tratamento é feito basicamente com quimioterapia e radioterapia, também existem outros tratamentos disponíveis, como a imunoterapia, a qual causa menos efeitos colaterais, e o transplante de medula óssea (TMO). A maioria dos casos tem cura. Para o LH, a taxa de cura é de até 80%.
Em relação ao LNH, a taxa de cura depende do subtipo, se é menos agressivo ou mais agressivo – como o Linfoma do Manto –, sendo que em alguns casos a chance de cura chega a 80%, porém quando descoberto em estágio avançado chega a cerca de 40% a 70%. Quando a cura não é possível, o tratamento é realizado a fim de controlar a doença, o que ocorre é que o linfoma é “adormecido” e quando os sintomas retornam o paciente é tratado novamente, sendo assim o acompanhamento do médico é essencial.
Para prevenir a linfoma é preciso adotar um hábito de vida saudável, sem tabagismo e com alimentação saudável e prática de atividades físicas, contribui para a redução da taxa de incidência dos linfomas na população.