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Casal completa sete anos de busca e resgate de pessoas desaparecidas

Ilson Rogério de Almeida e Luciana de Freitas são membros do grupo CORS (Comando de Operação de Resgate e Salvamento), que reúne 35 voluntários

No próximo dia 30 de agosto é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, data criada para dar visibilidade a essa violação de direitos humanos. O Brasil é parte, desde 2013, da Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas da Organização dos Estados Americanos. Há sete anos um casal de Marília se voluntaria nos seus tempos livres para ajudar a sociedade, a polícia e os bombeiros a encontrar vítimas de desaparecimento em Marília e região.

O casal é o eletricista e bombeiro civil Ilson Rogério de Almeida e a comerciária Luciana de Freitas. Apaixonados pela natureza, por esportes radicais, como o rapel, a experiência em se aventurar por lugares inóspitos os aproximou de uma prática solidária e voluntária que já agremiava outros abnegados no município.

Há sete anos Ilson se voluntariou em um grupo de resgate que atuava na época e logo em seguida sua esposa também aderiu. “Quando começamos participamos de uma longa busca por um idoso desaparecido na época. Após quatro dias de procura conseguimos achar ele ainda com vida, caído em um Itambé da cidade (paredão de pedra). A emoção de ajudar alguém, de ajudar

uma família em desespero, e ainda encontrar com vida um desaparecido, é algo inexplicável, não dá para dizer em palavras. Só sei dizer que é uma recompensa para a vida toda”, declarou ele.

Essa vocação fez com que há três anos o grupo se renovasse e criasse o CORS (Comando de Operação de Resgate e Salvamento), regularizando a entidade. De lá para cá, o grupo, que se reveza entre os voluntários, adequando o tempo disponível de cada um para a ajuda nas buscas, vem participando de quase todas as procuras por pessoas desaparecidas.

O grupo CORS, com dezenas de voluntários marilienses,
realizam resgate e salvamento há três anos – Foto: Divulgação

“Só não participamos daquelas em que a polícia já está com buscas ou investigações avançadas e não podemos atrapalhar”, explicou.

Para eles, a data de 30 de agosto é importante para sensibilizar a todos que o desaparecimento é violação de direitos humanos e que Marília e região conta com grupos de apoio para ajudar a sociedade.

“Temos orgulho de ser salva vidas, de resgatar pessoas que precisam de ajuda. E todos que precisarem dessa ajuda pode e deve sempre nos procurar, disse Luciana.

Eles atuam em toda a região, com resgates registrados não só em Marília como em Pompeia, Garça, Ubirajara e Assis. Todos os anos eles realizam de um a dois cursos de treinamento para novos voluntários. Mais informações ou solicitação de resgate pelo telefone (14)99105-5338.

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