Marília atinge menor registro de covid-19 em três anos, mas alerta para a baixa cobertura da vacina bivalente
Atuação do secretário municipal da Saúde, o médico Dr. Osvaldo Ferioli Pereira, com 30 anos de experiência na rede, deu autonomia, dinamismo e eficácia no atendimento à população
A Prefeitura Municipal de Marília, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde, está comemorando o que se pode se chamar de vitória contra a epidemia da covid-19 em Marília. Isso por atingir na 32ª semana, ou oitavo mês de 2023, o menor índice de registro de caso positivo da doença na cidade. Na última semana houve apenas 4 casos positivos registrados, o menor índice já registrado desde que a doença chegou na cidade, em 31 de março de 2020. O maior número de casos registrados em apenas uma semana foi na semana de 2022, com 2.485 marilienses contaminados.
O vírus que já contaminou 65.180 e levou ao óbito 1.274 marilienses, desde a 21ª semana, ou quinto mês (maio), deste ano que não contamina mais do que uma dezena de pessoas por semana. Foram 10 casos positivos na 21ª semana, 6 na 22ª, 7 na 23ª, 12 na 24ª, 5 na 25ª, 9 na 26ª, 7 na 27ª, 14 na 28ª, 11 na 29ª, 11 na 30ª, 7 na 31ª e 4 agora na 32ª. “A incidência de casos vem se mantendo no seu mais baixo índice médio e para melhorar ainda mais é preciso que a população prioritária, idosos ou com comorbidades, busquem o reforço vacinal com a bivalente”, declarou o secretário municipal da Saúde, Dr. Osvaldo Ferioli Pereira.
Gestão
O secretário assumiu a pasta em fevereiro, após substituir Dr. Sérgio Antonio Nechar, então ocupante do cargo. Mas desde o ano passado ele já exercia o cargo de secretário interino ao lado do colega. Juntos idealizaram uma alternativa para desafogar as unidades de pronto atendimento municipais, criando o posto de saúde noturno, o programa Melhor Horário do Trabalhador. Foram juntos que também reestruturaram os fluxos e prioridades de toda a rede, dando maior autonomia, dinamismo e eficácia no atendimento à população. Com isso, vem reformando os postos de saúde, suprindo as demanda do setor e conseguindo enfrentar com sucesso grande problemas de saúde da cidade, como a epidemia de dengue, recém controlada, e agora a de covid, estacionada em seus menores índices históricos.
O coronavírus
A covid-19 chegou em março de 2020 e nos nove meses do primeiro ano foram 11.414 casos positivos e 105 óbitos. No segundo ano da pandemia, em 2021, foram 25.999 casos positivos e 980 óbitos. Já com a vacinação em curso, a cidade terminou 2022 com mais 25.836 casos positivos, mas apenas 159 óbitos. Em 2023, até a 32ª semana ou oitavo mês foram 1.937 casos registrados e 32 óbitos.
Alerta
O avanço contínuo da imunização conseguiu uma cobertura vacinal de 89% da população, com duas doses ou dose única, conseguindo frear a epidemia. Entretanto, o controle e redução da doença apresenta baixa procura pela população, que não está buscando a imunização complementar da vacina Bivalente.
Ela só foi aplicada em 29.922 marilienses até agora, uma cobertura vacinal de apenas 14,33%, de um total de 208.814 que deveriam tomar a dose. A vacina Pfizer bivalente contra a Covid-19 está disponível desde o dia 27 de fevereiro, para grupos prioritários e todas as faixas etárias acima dos 18 anos.
A Secretaria Municipal da Saúde destaca a importância de tomar o reforço da vacina bivalente, aplicado em dose única. As doses de reforço, aplicadas a partir do esquema vacinal básico (em duas doses) possuem enorme importância dentro do esquema vacinal, na medida em que aumentam a imunidade ao longo do tempo, além de contribuírem com a proteção ao organismo para defesa em relação às diferentes variantes do coronavírus. A vacina bivalente promove a imunização contra mais de uma cepa do Sars-CoV-2, abrangendo a cepa original, registrada em Wuhan, na China, e a variante ômicron, que desde 2022 predomina em todo o mundo.
“Essa imunização é importante especialmente na proteção dos grupos prioritários: maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em Instituições de Longa Permanência, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua”, alertou o secretário Ferioli Pereira.
Experiência
O secretário da Saúde, responsável pelos avanços na saúde pública de Marília, é mariliense, especializado em cirurgia geral e urologia pela Famema e ingressou na rede básica da Saúde de Marília em 1991, por concurso público, até se aposentar em 2021. Conhecedor das demandas e necessidades do sistema municipal, foi determinante para a atual gestão do prefeito Daniel Alonso, para enfrentar o fim da pandemia e reorganizar as demandas e atendimentos da pasta municipal.