Após cobrança do SINDIMMAR, prefeitura paga cuidadoras
Prefeitura de Marília publicou na última quarta-feira (13/09) despacho indicando o pagamento de R$ 605 mil ao IAPE (Instituto de Apoio à Pessoa com Deficiência e Inclusão Social), responsável pelas cuidadoras que atuam nas escolas da rede municipal de ensino.
O pagamento ocorreu após o SINDIMMAR (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília) procurar a administração, solicitando a regularização dos repasses, que estavam comprometendo o atendimento aos alunos que dependem dos profissionais. “Com isso, é garantido o direito de atendimento às crianças e o retorno da harmonia na rotina de trabalho escolar”, pontuou a presidenta Vanilda Gonçalves de Lima.
Os salários de cuidadoras que atuam nas escolas da rede municipal de ensino de Marília também estão sendo pagos com atraso. Situação ficou mais crítica essa semana, quando muitos(as) profissionais deixaram de ir ao trabalho devido ao não pagamento pela empresa terceirizada.
Diante das reclamações, a diretoria do SINDIMMAR (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais) procurou a direção da empresa IAPE (Instituto de Apoio à Pessoa com Deficiência e Inclusão Social), que confirmou o problema.
Segundo a empresa, os atrasos decorrem da falta de repasses da Prefeitura de Marília. Assim como acontece com os aposentados, a administração municipal estaria fazendo os repasses de forma escalonada, comprometendo o pagamento dos trabalhadores.
A presidenta do SINDIMMAR, Vanilda Gonçalves de Lima, ressaltou que essa situação acaba acarretando em problemas para as crianças que precisam das cuidadoras. “A ausência das cuidadoras nas escolas compromete o aproveitamento dos alunos, a qualidade do ensino e inclusive o bem-estar deles na unidade escolar”, apontou.
Vanilda espera que os atrasos não voltem a ocorrer, a fim de evitar mais transtornos nas escolas municipais. “Esse tipo de situação é insustentável, pois prejudica o andamento das aulas, o aproveitamento dos alunos na escola” finalizou.
Para o SINDIMMAR, essa falta de comprometimento com os serviços públicos têm sido recorrente. A entidade sindical tem evidenciado o quanto a terceirização dos serviços públicos compromete o andamento e o atendimento à população, bem como o quanto precariza a vida de quem realiza o trabalho. No entanto, no caso das escolas, além de desvios de função constantes para a manutenção básica, a prefeitura extinguiu os cargos de merenda e limpeza em 2021 visando, justamente, implementar a terceirização como via de acesso à verba pública. Quem tem sentido, diariamente, essa política da precarização é a população e trabalhadores servidores e terceirizados, que precisam, “a bem do serviço público”, realizar atribuições excessivas e, muitas vezes, como mais uma vez é o caso, não receber pelo serviço prestado na data acordada.
População e trabalhadores: Fiquem de olho! Não tenham medo: denunciem! O serviço público é o acesso legal e de direito para a manutenção da vida da cidade, o que implica dizer, das nossas vidas!