Mais empresas japonesas interrompem contratos publicitários com artistas da Johnny & Associates
As consequências de um escândalo de abuso sexual envolvendo a agência japonesa de artistas Johnny & Associates atingiram empresas de vários setores no Japão.
Companhias estão interrompendo o contrato com artistas da agência após a entrevista coletiva na qual a empresa admitiu que seu falecido fundador, Johnny Kitagawa, abusou sexualmente de possivelmente centenas de meninos por décadas.
A empresa de bebidas Kirin Holdings afirma que deixará de fazer anúncios publicitários com artistas contratados pela agência. A Kirin diz que não fará mais negócios até que a agência tome medidas para compensar as vítimas.
Outra grande fabricante de cerveja, Asahi Group Holdings, afirma que eliminará gradualmente as publicidades que usam celebridades conectadas à agência. Diz, também, que não renovará os contratos existentes, e pede a Johnny’s que faça as devidas retificações às vítimas.
As alegações levaram a Japan Airlines a romper as relações com a agência em março, e a companhia diz que manterá seu posicionamento.
E a Tokio Marine & Nichido Fire Insurance afirma que está planejando cancelar seus contratos com a agência de talentos.
Niinami Takeshi, presidente da Associação Japonesa de Executivos Corporativos, deu uma entrevista à imprensa na terça-feira e exortou as empresas a adotarem uma postura firme em relação ao escândalo.
Ele disse: “Empregar os artistas da agência equivale a endossar o assédio sexual, e isso atrairá críticas internacionalmente”. E acrescentou: “Sinto muito pelos artistas, mas existem várias opções para eles como, por exemplo, mudar para outras agências”.
FONTE: NHK PORTUGUÊS