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Japão vai beneficiar esposas que evitam trabalho integral para não pagar “shakai hoken”

O governo japonês vai implementar medidas em outubro para beneficiar esposas que atualmente preferem trabalhar poucos dias ou meio período para não pagar seguro social (shakai hoken) e continuar como dependentes do marido, informou a emissora NHK.

Entenda a medida do governo

Pela legislação atual, quem ganha até ¥1,06 milhão por ano (em empresas com mais de 100 funcionários) ou ¥1,3 milhão (em empresas com menos de 100 funcionários) não precisa se inscrever no seguro social.

No entanto, se a renda anual passar desses valores, o funcionário é obrigado a pagar “shakai hoken”, fazendo com que o salário líquido diminua por causa do desconto da taxa no holerite.

Por essa razão, muitas esposas evitam trabalhar além desse limite para não ter o salário reduzido, continuando como dependentes do marido para uso do seguro de saúde.

Para incentivar que as mulheres trabalhem mais, aliviando o problema da escassez de mão de obra, o governo vai dar um subsídio de até ¥500 mil por trabalhador às empresas com mais de 100 funcionários.

Esse dinheiro deve ser utilizado para compensar os funcionários que terão o salário líquido reduzido devido ao desconto do seguro social, caso resolvam trabalhar mais, ganhando acima de ¥1,06 milhão por ano até um limite de ¥1,25 milhão.

Para empresas com menos de 100 funcionários, o governo vai permitir que as esposas continuem como dependentes do marido por dois anos, mesmo que elas passem a ganhar mais de ¥1,3 milhão por ano.

Críticas

No entanto, essas medidas têm enfrentado críticas por sua falta de equidade, particularmente em relação aos cônjuges dos trabalhadores autônomos que já estão pagando o seguro social.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar planeja revisar completamente o sistema, visando um ambiente em que todos possam trabalhar sem se preocupar com esses “limites salariais”.

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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